Verão. Foto: Matheus Lemos/Inema.
Verão. Foto: Matheus Lemos/Inema.

O ano de 2024 foi o mais quente em 175 anos de registro científico, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), entidade da Organização das Nações Unidas (ONU). As temperaturas registradas ao longo do ano, foram 1,5 °C acima do período pré-industrial (1850-1900). Além disso, o relatório da instituição estima um aquecimento global de longo prazo entre 1,34 °C e 1,41 °C em comparação ao mesmo período. Para os pesquisadores, o recorde de temperaturas globais registrado em 2023 e quebrado em 2024 foi causado principalmente pelo aumento contínuo das emissões de gases do efeito estufa, associado a alternância entre La Niña e El Niño.

“Embora um único ano de aquecimento superior a 1,5 °C não indique que os objetivos de temperatura de longo prazo do Acordo de Paris estejam fora de alcance, é um sinal de alerta de que estamos aumentando os riscos para as nossas vidas, economias e para o planeta”, declara a secretária-geral da OMM, Celeste Saulo. O ano de 2024 também registrou o nível mais elevado de concentração de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso na atmosfera, nos últimos 800 mil anos.

A taxa do aquecimento dos oceanos no ano passado, foi a mais alta nas últimas seis décadas. Os últimos três anos também registraram as menores extensões de gelo antártico e a maior perda de massa glacial. “Os líderes têm de tomar medidas para que isso aconteça, aproveitando os benefícios das energias renováveis baratas e limpas para as suas populações e economias, com os novos planos nacionais para o clima que deverão ser apresentados este ano”, afirmou Antônio Guterres, secretário-geral da ONU.

Aquecimento Global. Foto: Ralf Vetterle/Pixabay

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