Paula Moura. Foto: Divulgação

Entre os dias 12 e 15 de fevereiro, o Teatro Goethe-Institut, no Corredor da Vitória, receberá sessões do espetáculo “Karina”, um monólogo poético que traz à cena uma reflexão visceral sobre a maternidade, racismo e a solidão da mulher negra. Com uma linguagem simbólica, o espetáculo narra a trajetória de Karina, uma jovem do interior da Bahia que enfrenta os desafios impostos por um sistema patriarcal e racista. A atriz Paula Moura vive uma personagem que é expulsa de casa por não seguir as expectativas de comportamento impostas por sua família. Enviada a Salvador, ela tem que trabalhar como empregada doméstica na casa de um casal rico.

O que parecia ser uma chance de recomeçar logo se transforma em um pesadelo: após situações extremas, Karina é coagida a gestar uma criança que será entregue ao casal, como parte de seus planos para construir uma família. A peça conduz o público por essa história dolorosa e potente, narrando as marcas do racismo, da solidão e das escolhas forçadas que moldaram sua vida. Dirigido por Leonardo Crusoé e produzido pela Cia Acerola, o espetáculo utiliza uma linguagem poética para criar uma atmosfera simbólica e visceral, propondo um mergulho na vulnerabilidade, nos desafios da gestação e na luta por dignidade em um contexto marcado por desigualdades sociais e raciais.

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