Aleixo Belov em Dikson, na Rússia. Foto: Ádamo Mello

Enquanto atravessa a Passagem Nordeste, rota que conecta o Atlântico ao Pacífico pelo norte da Sibéria, o navegador Aleixo Belov recebeu uma calorosa recepção ao chegar a cidade de Dikson, um dos pontos mais remotos do Ártico russo. A administração local foi até o porto para dar as boas-vindas à tripulação do veleiro Fraternidade. Em um gesto simbólico de reconhecimento, Belov recebeu uma medalha da cidade, comparada à tradicional “chave da cidade”, oferecida a visitantes ilustres. A equipe também foi presenteada com um prato típico da região, preparado especialmente para a ocasião.

A travessia da Passagem Nordeste é considerada uma das mais difíceis do mundo, sendo tradicionalmente feita por grandes navios quebra-gelo. Com acesso extremamente limitado à internet na região, Belov e comunicou que a próxima etapa da jornada terá início assim que o gelo derreter. A região tem apenas três semanas por ano em que o mar descongela parcialmente, fazendo a janela de oportunidade ser estreita. O anvegador conta com uma tripulação mista, formada por brasileiros e russos, incluindo o experiente capitão Sergei Shcherbakov, fundamental para auxiliar na comunicação e nos trâmites locais, já que a região é considerada de interesse militar pela Rússia.

Nascido na Ucrânia e naturalizado brasileiro, Belov já deu cinco voltas ao mundo e é autor de livros e idealizador do Museu do Mar Aleixo Belov, em Salvador. Com esta nova expedição, reforça sua posição como o maior navegador brasileiro da história e segue provando que a coragem e a paixão pelo mar não têm idade. “Já naveguei por todos os mares, só falta a Sibéria”, declarou antes de partir.

Aleixo Belov em Dikson, na Rússia. Foto: Ádamo Mello
Aleixo Belov em Dikson, na Rússia. Foto: Ádamo Mello

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