Dinheiro
Real. Foto: José Cruz/Agência Brasil.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgou nesta terça-feira (17), que a economia deve crescer 2,4% em 2025. Já a inflação oficial, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve cair para 4,5% no próximo ano, em comparação aos 4,8% de 2024. De acordo com o relatório, o principal fator para a diminuição do crescimento econômico será a retomada do ciclo de alta de juros pelo Banco Central (BC)

O crescimento previsto para a indústria é de 3,3% este ano e 2,1% em 2025. A CNI estima que a taxa Selic chegará ao final de 2025 em 12,75%, meio ponto acima da taxa atual de 12,25%. Conforme dados divulgados pela entidade, o BC continuará a aumentar a Selic até março, chegando a 14,25% ao ano e permanecerá nesse nível até agosto, quando sofrerá com uma queda gradual. Ao longo de 2025, é esperado a queda do dólar, atingindo uma taxa de câmbio média de R$ 5,70 no próximo ano. A confederação estima também crescimento da safra e das exportações, a projeção considera considera um melhor cenário climático em 2025.

“Outros fatores vão agir sobre o IPCA. Esse nível de taxa de câmbio que vemos hoje, não vemos que ele permaneça. Ao longo do ano, devemos ter reversão desse quadro por causa da redução de risco fiscal. Isso ocorrerá por causa da aprovação do pacote de corte de gastos e porque acreditamos que a proposta de reforma do Imposto de Renda não diminuirá receitas”, declarou Mário Sério Telles, superintendente de Economia da CNI.

A CNI acredita que entre 70% e 80% do pacote de corte de gastos enviado ao Congresso será aprovado, o que resultaria em uma economia de cerca de R$ 22 bilhões em gastos obrigatórios para 2025, em comparação aos R$ 30 bilhões previstos na proposta original. A projeção da confederação é R$ 70,2 bilhões (0,6% do PIB) de déficit primário em 2025, superior aos R$ 34,9 bilhões (0,3% do PIB) previstos para 2024. A dívida pública bruta também deve aumentar, passando de 78,7% do PIB em 2024 para 81,9% em 2025. Além disso, dos R$ 168,3 bilhões em receitas extras necessárias para zerar o déficit primário neste ano, a CNI prevê que o governo conseguirá arrecadar apenas R$ 55 bilhões.

Sede do Banco Central
Banco Central. Foto: Marcelo Casal Jr.

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