Na última quinta-feira (29), aconteceu o primeiro dia da 6ª Conferência da Diáspora Africana nas Américas na reitoria da UFBA, em Salvador. Na ocasião, Ângela Guimarães, à frente da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais da Bahia (Sepromi), realizou um discurso de abertura para uma plateia repleta de intelectuais, pesquisadores, ativistas e políticos do Brasil, de países africanos e da América.
Durante sua fala, a secretária reforçou que o Brasil tem um papel estratégico na luta global pelo pan-africanismo, principalmente por ser um país com a maior população negra fora da África, destacando Salvador como uma cidade afro. “A diplomacia, cooperação técnica, educacional, científica e tecnológica e os intercâmbios culturais, são ferramentas poderosas que devemos usar para construir pontes e desenvolver parcerias que beneficiem nossas comunidades em ambos os lados do Atlântico”, afirmou.
Para Ângela, o pan-africanismo é a expressão concreta da unidade enquanto povo, independentemente das fronteiras geográficas os separam. “É a compreensão de que partilhamos uma história comum de resistência, de lutas e de conquistas e que juntas somos mais fortes na busca por um mundo mais justo e equitativo”, contou.
A Conferência da Diáspora Africana nas Américas continua nesta sexta-feira (30), no Wish Hotel da Bahia, e no sábado (31), no Centro de Convenções de Salvador. O projeto vai discutir propostas sobre panafricanismo, memória, restituição, reparação e reconstrução. A conclusões dos debates serão entregues com as propostas que serão apresentadas no 9ª Congresso Pan-Africano, que será realizado entre 29 de outubro a 2 de novembro, em Togo.
O evento conta com a promoção do Governo Federal e Estadual, a União Africana, o governo de Togo e da UFBA, além de apoio da Secretaria de Promoção da Igualde Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais da Bahia (SEPROMI).
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