Juscelino Filho. Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Após ter sido denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por supostos desvios em emendas parlamentares na época de deputado federal, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, pediu demissão do cargo. O anúncio foi realizado na última terça-feira (08). Segundo a Secretaria de Imprensa da Presidência da República, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ligou para Juscelino e solicitou que o ministro pedisse sua demissão.

“A decisão de sair agora também é um gesto de respeito ao governo e ao povo brasileiro. Preciso me dedicar à minha defesa, com serenidade e firmeza, porque sei que a verdade há de prevalecer. As acusações que me atingem são infundadas, e confio plenamente nas instituições do nosso país, especialmente no Supremo Tribunal Federal, para que isso fique claro. A justiça virá”, escreveu Filho.

A expectativa é que o ministro Flávio Dino envie o caso para a Primeira Turma, com o intuito de decidir se a acusação se tornará uma ação penal, o que geraria o início de uma nova fase de instrução processual, com a oitiva de testemunhas e a possível produção de novas provas. O substituto para o cargo no Ministério das Comunicações ainda não foi informado pelo Palácio do Planalto.

“Saio do Ministério com a cabeça erguida e o sentimento de dever cumprido. O Brasil está em outro patamar. Estamos levando banda larga a 138 mil escolas, destravamos o Fust [Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações] – que estava parado há mais de duas décadas – para investimento de mais de R$ 3 bilhões em projetos de inclusão digital, entregamos mais de 56 mil computadores em comunidades carentes, estamos conectando a Amazônia com 12 mil km de fibra óptica submersa e deixamos pronta a TV 3.0, que vai revolucionar a televisão aberta no país”, declarou Juscelino Filho.

Juscelino Filho. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

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