Rui Costa. Foto: José Cruz/Ag. Brasil.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que toda a diretoria da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) será reformulada assim que o novo presidente for aprovado pelo Senado e que o governo deve realizar as devidas investigações sobre o órgão. As medidas foram tomadas após o surgimento de denúncias de que a agência fazia o monitoramento da localização de pessoas, de forma ilegal, durante os três primeiros anos do governo de Jair Bolsonaro.

“Se algo foi feito no passado, no outro governo, que não tem conformidade com a lei, isso será levado a quem [seja] responsável; à CGU [Controladoria-Geral da União], aos órgãos de justiça, para que as providências cabíveis, a responsabilização devida, seja feita a quem praticou esses atos no passado”, afirmou Rui, nesta terça-feira (14), após um encontro ministerial com o presidente Lula.

“O nome para a Abin já foi indicado ao Senado, ainda não foi aprovado. E nós, assim que tivermos a nova direção da Abin, vamos reformulá-la. E posso dizer que sob nova direção, toda lei será respeitada no trabalho da Abin”, informou o ministro. O governo indicou Luiz Fernando Corrêa, diretor da Polícia Federal durante o segundo mandato do presidente Lula, para assumir o commando da agência.

As supostas irregularidades ocorreram entre 2019 e 2021, enquanto a Abin era vinculada ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e confirmou em nota que o programa de monitoramento foi contratado entre dezembro de 2018 e maio de 2021. No início deste mês, a agência passou a ser vinculada à Casa Civil.

Agência Brasileira de Inteligência. Foto: Antonio Cruz/Ag. Brasil.
Agência Brasileira de Inteligência. Foto: Antonio Cruz/Ag. Brasil.

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