Inteligência artificial. Foto: Getty Images.

A Inteligência Artificial (IA) está emergindo como uma das tecnologias mais impactantes e transformadoras do nosso tempo e, sua aplicação no campo da educação, promete revolucionar a maneira como os alunos aprendem e os educadores ensinam. A aplicação da IA na educação é um tema que vem ganhando espaço no ambiente educacional, principalmente por ser uma forma disruptiva de personalizar o processo de ensino- aprendizagem.

A IA tem o potencial de revolucionar a educação e a EaD de formas significativas. Para começar, resolvi fazer esta pergunta para o ChatGPT que respondeu assim: “a IA está desempenhando um papel cada vez mais importante na educação a distância. Ela envolve o uso de algoritmos e tecnologias avançadas para personalizar o aprendizado e melhorar a experiência dos alunos.”

Na prática, as aplicações de IA estão se tornando ferramentas cada vez mais populares e utilizadas na EaD, que é uma modalidade de ensino que se desenvolve muito rapidamente pela crescente utilização de tecnologias e ferramentas que suportam os mais diversos projetos educacionais – cursos em geral, treinamento e capacitação para o trabalho, desenvolvimento de competências e habilidades, formação profissional, assim como estudos formais em todos os níveis. À medida que a IA evolui, suas aplicações em EaD se tornarão mais poderosas e eficientes. Isso seguramente irá revolucionar a forma como ensinamos e aprendemos. 

Sem dúvida, a IA possui um impacto significativo na EaD, proporcionando uma aprendizagem mais personalizada, flexível, envolvente e adaptativa. A utilização da IA permite a criação de sistemas de ensino adaptativos e personalizados. Identificadas algumas áreas de dificuldade, a IA pode adaptar o conteúdo e fornecer recursos e atividades adicionais para superar esses desafios. Agentes virtuais, disponíveis 24 horas por dia, alimentados por IA, fornecem explicações adicionais e feedback sobre a experiência de aprendizagem sempre que necessário. Outra forma de aplicação da IA são os chatbots interativos que são muito utilizados para tirar dúvidas e manter o engajamento. 

Além disso, a IA pode analisar grandes volumes de dados e informações sobre o desempenho do estudante, padrões de aprendizado e inclusive comportamento dos alunos. Este tipo de análise fornece valioso conhecimento para os educadores envolvidos, permitindo intervenções, ajustes e melhorias, sendo utilizado por professores e administradores educacionais para melhor compreensão sobre os resultados do processo de ensino-aprendizagem. De outra parte, a IA pode assumir tarefas rotineiras como a confecção de relatórios e correção automática de provas e exames.

Por último, uma tendência muito utilizada é o sistema de tutoria e monitoria inteligentes. Por intermédio desse processo, exercícios remotos são realizados com maior exatidão e as respostas ao questionamento de alunos são instantâneas, imediatas e precisas. Por outro lado, existem alguns desafios a serem enfrentados. A IA aplicada na EaD pode melhorar substancialmente a experiência de aprendizado e ajudar os alunos a atingir seu pleno potencial, transformando a educação, tornando-a mais personalizada, adaptativa e envolvente.

Entretanto, a maioria das tecnologias de IA ainda são utilizadas no setor privado. A publicação da UNESCO, no Projeto Educação 2030, lista alguns desafios da IA da educação: políticas públicas mais abrangentes, inclusão e equidade. Países como o Brasil, devem estar preparados para o uso da IA na área pública como forma de melhorar a equidade e a qualidade do ensino. Finalmente, questões relacionadas à dependência excessiva da IA devem ser cuidadosamente abordadas de maneira ética e responsável. Temos que nos beneficiar dos avanços tecnológicos e acelerar nosso desenvolvimento. A educação é o maior acelerador de pessoas, empresas e nações.

* Luiz Alberto Ferla é fundador e CEO do DOT Digital Group, edtech líder nacional no mercado de educação corporativa digital.

Luiz Alberto Ferla. Foto: Divulgação.

Receba também as atualizações do Anota Bahia no: Google Notícias, Twitter, Facebook, Instagram, LinkedIn e Spotify.