Obra de Bernardo Conceição. Foto: Divulgação.
Obra de Bernardo Conceição. Foto: Divulgação.

Em cartaz até o dia 07 de abril, a exposição “Indomináveis Presenças”, em São Paulo, dá destaque à produção artística das novas gerações negras, indígenas e LGBTQIAPN+. A curadoria da mostra, assinada por Luana Kayodè e Cíntia Guedes, contará com obras dos artistas baianos Bernardo Conceição, Bixa Tropical, Edgar Azevedo, Juh Almeida, Helen Salomão, Lucas Cordeiro e Mayara Ferrão. Os trabalhos ficarão expostos no Centro Cultural Banco do Brasil da capital paulista (CCBB SP), com visitação diária gratuita das 9h às 20h exceto às terças-feiras.

Destaque no cenário nacional com suas obras que dão ênfase aos corpos e religiosidade negra, o artista Bernardo Conceição integra o acervo permanente do Museu de arte Moderna da Bahia (MAM BA), além de ter sua arte comercializada na Paulo Darzé Galeria. Já as criações de Márcio Costa, Bixa Tropical, celebram a liberdade corporal e resgatam a estética tropicalista, enquanto questionam as normas e dão um novo significado à identidade nacional. Já Mayara Ferrão, através de um trabalho com inteligência artificial e arte visual, explora o uso da tecnologia para construir narrativas de afeto protagonizadas por mulheres negras e indígenas.

Outro nome que compõe o line-up da exposição é Edgar Azevedo, que através das suas fotografias captura as emoções e diversidade humana, transitando entre o real e o imaginário, com foco na construção da representatividade positiva da pele negra nos campos visuais. O CCBB também será ocupado por criações de nomes como Helen Salomão, que explora temas como ancestralidade, memória e auto celebração para os corpos negros por meio de fotografias; Juh Almeida, que com uma perspectiva experimental e documental constrói novos imaginários afro visuais, a partir do cinema e registros visuais; e Lucas Cordeiro, que aborda questões como espiritualidade, ancestralidade e memórias através de fotografia e escultura.

“É uma grande oportunidade poder ocupar espaços que antes nos eram negados, ainda mais um ambiente tão importante como o CCBB SP. Então, é um momento marcante para todas e todos nós, principalmente para esses artistas que estão representando a Bahia e o Nordeste em um grande centro cultural”, afirma Luana Kayodè. “A escolha de nomes como Bernardo Conceição, Bixa Tropical, Edgar Azevedo, Juh Almeida, Helen Salomão, Lucas Cordeiro e Mayara Ferrão vem de uma longa curadoria. São artistas de diferentes segmentos artísticos, como pintura, escultura, fotografia e até inteligência artificial, mas que partem de um novo olhar para as artes, promovendo uma celebração contestatória, com imagens que propõem mensagens de amor, alegria e liberdade para corpos negros, indígenas e LGBTQIAPN+”, ressalta Cíntia Guedes.

Obra de Juh Almeida. Foto: Divulgação.

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