Obra da artista cambojana Sao Sreymao. Foto: Divulgação

O Goethe-Institut Salvador-Bahia inicia o primeiro ciclo de 2025 da Residência Artística Internacional Vila Sul recebendo três artistas internacionais que vão apresentar os resultados de suas pesquisas. A iniciativa tem como objetivo promover o intercâmbio entre pesquisadores e artistas com a cena cultural local. Com o tema “Meio Ambiente e Sustentabilidade – Reconhecendo Limites”, a nova temporada reúne artistas em três grupos ao longo do ano. O primeiro grupo é formado por Sao Sreymao (Camboja), Francisco Klinger Carvalho (Brasil) Ellen Gomes (Brasil) e Roberto Uribe-Castro (Colômbia/Holanda), dos quais três agora compartilham com o público os desdobramentos de suas investigações artísticas.

A programação tem início no dia 22 de maio, no Museu de Arte da Bahia (MAB), com a performance-escultura ‘Oratórium Para Uma Árvore Morta’, de Francisco Klinger Carvalho. Criada em 2015, em resposta a disputas fundiárias e à degradação ambiental na região Norte do país, a obra é reencenada em Salvador com a participação das performers Márcia Limma Gomes, Natureza Acácio França e Evelin Dias, que incorporam figuras de carpideiras em um ritual de despedida simbólica. “Trata-se de uma evocação, um ritual de memória e cuidado. As carpideiras choram não só por uma árvore específica, mas por todas as formas de vida e histórias que desapareceram com ela”, explicou.

Já no dia 27 de maio, o Goethe-Institut Salvador-Bahia sedia duas exposições simultâneas. Na galeria principal, Roberto Uribe-Castro apresenta ‘Padrões’, série que parte da observação do espaço urbano de Salvador, para explorar a permanência de símbolos de controle e organização territorial. Inspirado pelos antigos marcos de pedra da colonização portuguesa, o artista analisa como objetos cotidianos influenciam a ocupação e as dinâmicas da cidade.

Na galeria menor, Sao Sreymao exibe ‘The Breath – Through the Sea / A Respiração – Através do Mar’, instalação que combina videoperformance, fototransferência e objetos escultóricos. A obra se estrutura em torno da ideia de respiração para abordar temas como legado colonial, exploração ambiental e relações entre territórios conectados pelo mar. As mostras têm curadoria de Inês Linke, professora da Escola de Belas Artes da UFBA, e contam com visitas guiadas pelos próprios artistas.

‘Padrões’, do artista Roberto Uribe-Castro. Foto: Divulgação

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