De acordo com a pesquisa realizada pela Sanar Saúde, apenas 13% dos estudantes de medicina se mostraram satisfeitos com o ensino remoto. O levantamento foi feito com estudante de 177 universidade brasileiras, e 87% dos entrevistados disseram estar insatisfeitos, seja totalmente ou parcialmente, com o ensino prestado pela sua faculdade entre março de 2020 e maio de 2021.
A educação a distância é um desafio enfrentado por todas as áreas do conhecimento, mas o resultado da pesquisa realizada pela startup baiana, que atua em todo o Brasil na área de educação médica, traz uma preocupação latente com o ensino médico no país, sobretudo em um momento em que há uma expansão na demanda de profissionais para atuar na linha de frente da Covid-19.
Maria Fagundes, estudante do sexto período do curso de medicina, disse que a pedagogia utilizada por seus professores deixa muito a desejar: “O que mais me desestimulava era só ter aula expositiva. As aulas são longas, não é uma coisa prática, só o professor falando, a interação do aluno é praticamente zero”, explicou.
Outros estudantes fazem coro ao que Maria Fagundes apresentou, é o caso, por exemplo, de Maria Araújo, que relatou as dificuldades quando houve um retorno parcial das aulas presenciais: “Voltar é diferente. Foi um choque de realidade, a gente caiu de paraquedas no que já deveria estar adaptado. Enquanto eu estava só no EAD, não tinha tanta noção do que estava acontecendo, até voltar e ter o primeiro dia de ambulatório. Aí eu percebi que estava com medo de fazer anamnese, exame físico, o que eu já deveria tirar de letra”, ressaltou.