Gestores públicos municipais e estaduais lamentaram, nesta sexta-feira (26), a morte de Mãe Carmen do Gantois, ialorixá do tradicional terreiro de Candomblé do Gantois, em Salvador, que faleceu aos 98 anos, deixando legado de preservação religiosa e cultural. O governador Jerônimo Rodrigues destacou a importância da líder como “guardiã de uma tradição ancestral” que contribuiu para a afirmação da identidade afro-brasileira no estado.
Em nota, o prefeito Bruno Reis também expressou pesar pela perda, ressaltando o papel de Mãe Carmen na promoção da ancestralidade e no fortalecimento dos valores culturais baianos ao longo de décadas. Para o gestor municipal, sua trajetória como ialorixá representou inspiração e união entre as diversas expressões religiosas da capital baiana.
Mãe Carmen, filha mais nova de Mãe Menininha do Gantois, assumiu a liderança do Terreiro do Gantois após a morte de sua irmã e dedicou sua vida à preservação dos rituais, tradições e ações comunitárias ligadas ao Candomblé em Salvador. Sua atuação também fomentou o diálogo inter-religioso e a valorização do patrimônio imaterial da Bahia.
Além das manifestações oficiais, diversas personalidades culturais e representantes de movimentos sociais se uniram ao luto, destacando a influência de Mãe Carmen na fé, na cultura e na história da religiosidade afro-brasileira. A partida da ialorixá foi recebida com manifestações de respeito e reverência nas redes sociais e no meio religioso.
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