
Com mais de 223 mil contas cadastradas na B3 e um volume financeiro de R$ 11,74 bilhões em investimentos, a Bahia é responsável por um terço das pessoas do Nordeste que estão atentas ao mercado financeiro, segundo dados da bolsa de valores brasileira. Para Larissa Falcão, sócia e líder regional da XP Norte e Nordeste, a evolução do mercado financeiro no estado é reflexo de mudanças culturais profundas. “Anos atrás, o acesso à informação sobre investimentos era muito restrito a um público seleto ou a profissionais da área. Hoje, com as redes sociais, o surgimento de influenciadores e a democratização da informação, investir caiu no gosto do brasileiro – e o baiano não ficou de fora desse movimento”, afirma.
Mesmo com o crescimento, o perfil predominante na Bahia ainda é de investidores conservadores, focados majoritariamente em renda fixa. De acordo com dados da XP, o investidor baiano tende a ser conservador: 52% preferem aplicações em renda fixa, e 57% iniciaram na bolsa com aportes de até R$ 200. A poupança ainda é uma escolha comum e os clientes valorizam mais o contato presencial e a relação de confiança com o assessor de investimentos.
“O conservadorismo é uma característica forte do investidor baiano, mas estamos assistindo a uma abertura gradual para a diversificação de portfólio. Aos poucos, com acesso a informações sobre o mercado, nossos clientes começam a entender que diversificar traz mais segurança e está diretamente ligada à proteção de patrimônio,” explica Larissa.
A executiva explica que o aumento da educação financeira e o estímulo à diversificação de ativos foram fundamentais para mudar o comportamento do investidor baiano. “O investidor começa a entender que existe muito mais além do CDB e da poupança. Essa conscientização é um processo que tem forte impacto cultural e que a XP ajudou a impulsionar desde o início, ao tornar os investimentos mais acessíveis para todos”, destaca Larissa.

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