Dona de uma grande extensão de manguezais e uma rica diversidade marinha em seus oceanos, a Bahia recepcionará um dos mais importantes veleiros da Holanda, o Oosterschelde, entre os dias 18 e 27 de outubro. Na lista como uma das regiões visitadas por Charles Darwin, há 200 anos atrás, a capital baiana foi escolhida para capitanear atividades interativas que serão realizadas no espaço de visitação do veleiro com estudantes, universitários e jovens líderes conservacionistas determinados a inspirar soluções para os maiores desafios ambientais do nosso planeta.
A equipe da expedição Darwin200 tem como finalidade refazer o percurso de Charles Darwin pela América do Sul, visitando os principais locais onde, segundo seu diário de viagem, o jovem cientista foi impactado pelo que viu, coletou materiais e obteve pistas para a elaboração de sua teoria. Eles navegam na escuna de três mastros Oosterschelde de porto a porto em quatro continentes, participando de iniciativas de ciência cidadã ao longo do caminho para alguns dos cantos mais bonitos do mundo. O veleiro tem se tornado a ‘sala de aula mais emocionante do mundo’, divulgando suas descobertas para o mundo durante toda a viagem de dois anos através das mídias sociais.
Durante a estadia da expedição em Salvador, o governo da Bahia promoverá uma série de atividades visando apoiar iniciativas de conservação da biodiversidade e de educação ambiental para a sustentabilidade, como a exposição de stands, mesa redonda, biblioteca itinerante e mostra fotográfica que serão disponibilizadas de forma gratuita ao público, assim como uma incursão que será realizada com estudantes de Salvador e do Interior baiano, ao lado de pesquisadores que estão a bordo no Oosterschelde, dos mais belos veleiros históricos do mundo.
Além das atividades a serem realizadas durante o período em que o veleiro ficará atracado no Terminal Marítimo de Salvador (Conternas), foi proposto também que a embarcação navegue pela Baía de Todos os Santos. Sua costa, repleta de manguezais que servem de berçário para a vida marinha, abastecem os recursos pesqueiros, protegem a costa de eventos extremos e são conhecidos como a vegetação com maior potencial de captação de carbono atmosférico, contribuindo de forma significativa para a mitigação das mudanças climáticas.
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