Imagem do encontro. Foto: Reprodução.

Na última segunda-feira (22), na sede da BP Investimentos no CEO Salvador Shopping no Caminho das Árvores, investidores baianos se reuniram com Gabriel Paz e Lucas Brandão, especialistas em Investimentos Alternativos. O bate-papo focou na importância das aplicações no segmento para superar momentos de instabilidade econômica, a exemplo do constante avanço da inflação. Os Investimentos Alternativos variam de fundos imobiliários a fundos multimercado, há também os Investimentos Alternativos Ilíquidos, ativos que não possuem liquidez imediata na Bolsa de Valores. 

Em entrevista, Lucas Brandão, head de distribuição de Fundos Alternativos da XP Inc., enfatizou que os investimentos ilíquidos são produtos que por sua natureza possuem uma complexidade de liquidez. “São fundos que, no geral, possuem cerca de 10 anos de prazo e são focados em projetos em que o tempo é necessário para que tenha uma taxa de sucesso. Na parte de empresas, investe em companhias médias de capital fechado, ajudando e inserindo capital nessas empresas. A partir do momento que comprar uma empresa de capital fechado, que ainda não está na Bolsa, se está investindo dinheiro para que essas companhias cresçam, isso é o que chamamos de Private Equity Middle Market”, explica. 

O Venture Capital, que é o investimento em startups é outro destaque. “Você investe na empresa quando ela ainda está em um estágio inicial, um projeto semipronto e que precisa desse capital para eventualmente ter um produto viável e para daqui a 5, 10 anos dominar o mercado. São investimentos de longuíssimo prazo, investimentos fechados, que historicamente trazem 15%, 20% de retorno ao ano a mais que os investimentos tradicionais”, afirma Brandão.

O especialista comentou que a XP tem atuado no mercado de forma “tropicalizada”, se adequando às condições e necessidades do investidor brasileiro qualificado e profissional. A ideia aqui é fazer com que o investidor atue nessa classe de uma maneira bastante diversificada para que ele consiga, afinal de contas, ter um ativo que entregue mais retorno e com riscos mitigados através da sua diversificação”, pontua.

No segmento imobiliário, o membro da equipe de gestão de fundos da XP Asset, Gabriel Paz, explicou que o Private Equity é deixar de ser um participante em um ativo performado para entrar em um investimento no qual está em um estágio anterior, aproveitando assim o crescimento e desenvolvimento, para que no futuro, quando o mesmo estiver performado e mais caro, seja feito o desinvestimento.

“O Private Equity Real Estate, de forma bem generalista, é comprar um terreno, um ativo, e fazer essa transformação para que depois o coloque no mercado e ele comece a gerar renda e, uma vez gerando renda, chegando na estabilidade, “retire o investimento” desse ativo para ele ir à um fundo imobiliário, um fundo de pensão brasileiro e entregar rentabilidade para o investidor. Se abre mão da liquidez, pois esses ativos não são negociados na bolsa, para ter um retorno maior no médio prazo. Quando falamos desses fundos aqui na XP, são fundos com prazos de 6 a 8 anos”, finaliza.