O Banco Econômico, antiga instituição privada baiana comprada pelo BTG Pactual, vai leiloar sua coleção de obras de arte, no dia 16 de maio, na Bolsa de Arte, em São Paulo. Composto por 308 peças, o acervo conta com trabalhos de grandes nomes, como um quadro do argentino Hector Bernabó, o Carybé (1911-1997), que registra R$ 1 milhão para o lance mínimo. No dia 18 de maio, ainda será realizado um certame de forma online, a partir das 20h.
A valiosa obra em questão, pintada pelo argentino, é uma pintura dos orixás Oxum e Iansã, cultuados por religiões de matriz africana. De acordo com Jones Bergamin, diretor da Bolsa de Arte, a obra foi encomendada ao artista pela família Calmon Sá, e possui 1,85 m de altura e 1,45 m de comprimento. A ideia do leilão teria partido do banqueiro André Esteves, fundador do BTG, segundo fontes próximas do certame.
O acervo artístico da antiga instituição financeira ainda contempla um painel do artista baiano Floriano Teixeira (1923-2000), um quadro do modernista José Pancetti (1902-1958) e também um de Carlos Bastos, nome do movimento modernista. Além disso, a coleção conta com uma pintura de Romero Britto.
Fundado em Salvador, em 1834, o Banco Econômico foi uma instituição financeira privada que quebrou logo após a implantação do Plano Real, em 1994. Era controlado pela família de banqueiros baianos Calmon de Sá e sofreu intervenção do Banco Central em 1995. Em seguida, sofreu liquidação extrajudicial.
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