Após a última reunião do Comitê da Política Monetária (Copom), ocorrida nos dias 30 e 31 de julho, o Banco Central (BC) decidiu manter a taxa básica de juros – conhecida também como Taxa Selic – em 10,5%. Entretanto, a ata divulgada nesta terça-feira (06) indica a possibilidade do aumento desse percentual.
O aumento significativo do dólar e o impacto dos gastos públicos são pontos de atenção para a instituição monetária. “O Comitê, unanimemente, avalia que o momento corrente é de ainda maior cautela e de acompanhamento diligente dos condicionantes da inflação, sem se comprometer com estratégias futuras”, diz a ata.
De acordo com o documento, o comitê do BC vai avaliar qual será o melhor caminho a seguir, devido à possibilidade da meta da inflação não ser atingida no “horizonte relevante”, até o primeiro trimestre de 2026. Em vista disso, a instituição avalia a manutenção ou a elevação da Taxa Selic.
“À luz desse acompanhamento, o comitê avaliará a melhor estratégia: de um lado, se a estratégia de manutenção da taxa de juros por um tempo suficientemente longo levará a inflação à meta no horizonte relevante; de outro lado, o Comitê, unanimemente, reforçou que não hesitará em elevar a taxa de juros para assegurar a convergência da inflação à meta se julgar apropriado”, revelou o documento.
O aumento da taxa de juros implica em um maior controle da inflação e auxilia na contenção da demanda aquecida de consumo, entretanto os preços de produtos sofrem impacto por causa do encarecimento do crédito. A meta do BC para a inflação para este ano é de 3%, com uma margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
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