Em evento na Toscana, o bilionário italiano Brunello Cucinelli, chamado de “rei do cachmire”, defendeu a diminuição e qualificação da carga horária de trabalho. Para o empresário é necessário trabalhar no máximo sete horas por dia e dedicar o resto do tempo à “alma”.
“Temos que misturar trabalho com espírito, tecnologia com humanismo. Não podemos obrigar as pessoas a trabalhar em frente a uma parede porque se olharem para fora produzem menos. Se trabalhamos 12-13 horas, na minha opinião, 30% desse tempo não fazemos nada. Em vez disso, temos que trabalhar no máximo 7 horas, enquanto as outras horas dedicamos a nós mesmos e à nossa alma”, declarou Cucinelli.
Segundo o bilionário, com trinta anos de desenvolvimento tecnológico, o ser humano passou a ser governado apenas pela ciência, que não é suficiente. O empresário afirma que se retirou a dignidade moral e econômica de algumas profissões e deve-se retornar a nobreza do trabalho, a exemplo do artesanato. Brunello Cucinelli construiu um império na produção de roupas de alto padrão feitas em sua fábrica na Itália.
“60% dos seres humanos que foram bem-sucedidos na vida não estudaram quase nada. Não digo que é necessário fazer o mesmo, mas há uma inteligência de alma e uma inteligência de estudo. Devem ser misturadas”, concluiu o bilionário.
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