Rogério Oliveira, pesquisador baiano da Universidade Federal Estadual de Santa Cruz (Uesc), decidiu avaliar o potencial da blockchain na composição de um sistema de rastreabilidade de origem, com o objetivo de garantir a autenticidade dos dados do produto e avaliar se ele está de acordo com os padrões informados nas embalagens. A tecnologia é conhecida por minimizar erros de transação e o riscos de informação faltantes, quando comparada à funcionalidade dos bancos de dados, que necessita de interação humana.
A blockchain, nesse contexto, pode identificar, da origem até o destino, caso haja problemas nos insumos, e, assim, diminuir impactos e minimizar chances de contradição entre as características descritas e reais de um produto. É uma maneira de disponibilizar um meio para checagem de referências para os centros compradores distantes dos centros produtores, por exemplo.
“Queremos disponibilizar a nossa tecnologia para Indicações Geográficas utilizarem, sem precisar dispor de muito dinheiro para a implementação do projeto”, disse Rogério, ao explicar que Indicações Geográficas constituem um mecanismo de proteção intelectual que reconhece a origem de um produto quanto à sua localidade e reputação atribuída às suas características regionais, assim como os fatores naturais e humanos.