Em meio à crise na saúde, em decorrência da pandemia do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cumpriu a promessa de que não tem medo de usar a caneta e demitiu o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, nesta quinta-feira (16). O recado já havia sido dado em um vídeo postado pelo próprio presidente em suas redes sociais, no último dia 5.
“Teve algumas pessoas no meu governo… subiu a… algo subiu a cabeça deles. Estão se achando… eram pessoas normais, né? Mas de repente viraram estrelas e falam pelos cotovelos. Tem provocações. A hora dele não chegou ainda não. Vai chegar a hora dele. E a minha caneta funciona. Não tenho medo de usar a caneta, nem pavor. E ela vai ser usada para o bem do Brasil”, disse Bolsonaro. A promessa durou onze dias para se cumprir.
O desgaste entre Bolsonaro e Mandetta se deu pelas divergências na condução da crise. Enquanto o presidente insiste no fim do isolamento, o ministro seguiu adotando as orientações da Organização Mundial de Saúde e, em determinado momento, aconselhou as pessoas a seguirem determinação dos governadores. Bolsonaro vive às turras com os governadores. A gota d’água mesmo foi a entrevista concedida por Mandetta ao Fantástico, da Rede Globo.
Mandetta deixa o governo com alta aprovação popular. O substituto, segundo O Antagonista, será o oncologista e empresário Nelson Teich. Ele é formado na Uerj, com especialização em oncologia pelo Inca. Tem MBA em Gestão de Saúde pela Coppe e mestrado em Economia na Universidade de York.
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