O Brasil é o país da América Latina com o maior percentual de juízes tomando medicação frequente para controlar o estresse e a ansiedade provocados pelas atividades da profissão, totalizando 33% dos entrevistados. O estudo “Perfil da magistratura latinoamericana” foi feito pelo Centro de Pesquisas Judiciais da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) com 11 países.
Segundo a pesquisa, 51% dos magistrados brasileiros afirmam necessitar de tratamento médico, psicológico e psiquiátrico após ingressar na carreira. Anteriormente, o estudo demonstrou que 50% dos juízes já sofreram ameaça à sua vida e integridade física. Muitos entrevistados optaram por não responder a questão sobre saúde mental.
À frente de todos os países da América Latina, 62% dos magistrados do Brasil concordaram muito que os casos de depressão, síndrome do pânico, crises de ansiedade e suicídio têm se tornado mais frequentes entre essa categoria profissional nos últimos dez anos.
“É evidente que enfrentamos um cenário gravíssimo, derivado da sobrecarga de trabalho, da desvalorização contínua da carreira, das violações às prerrogativas da magistratura e das ameaças a que vários de nós estão submetidos”, afirmou o presidente da AMB, Frederico Mendes Júnior.
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