O presidente da Fundação Palmares, João Jorge Rodrigues, visitou, na última terça-feira (11), na companhia de representantes do movimento negro, o Cais do Valongo, no Rio de Janeiro. Patrimônio mundial desde 2017, o local é um antigo porto de escravos e integra o circuito cultural Pequena África. De acordo com Rodrigues, além da recuperação da estrutura física, é preciso assegurar a ocupação humana dos espaços para que eles não se deteriorem com o tempo.
“Os prédios históricos não só sobrevivem com o tempo, mas também se desgastam com o tempo. Eu venho de Salvador e isso é um fato marcante. Também visitei Roma, visitei vários lugares do mundo onde o tempo é, às vezes, avassalador. Ele é um amigo para dizer que um prédio é importante, mas é o inimigo quando não há preservação”, pontuou.
Para João Jorge, a experiência de aprendizado que possui com o Pelourinho, na capital baiana, pode servir como referência para as discussões acerca do Cais do Valongo. Também foi destacado por ele que a sociedade civil, através do comitê gestor participativo, é quem deve indicar a melhor forma de ocupação do local.
Revelado em 2011, o Cais do Valongo possui grande relevância cultural e histórica, sendo objeto de interesse de pesquisadores. Segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o espaço foi o maior porto receptor de escravos em todo o mundo.
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