Em celebração aos seus 50 anos de história, a revista Vogue preparou uma edição especial com uma série de conversas e ensaios entre personalidades que transformaram a cultura e a moda brasileiras nos últimos anos. O cantor, compositor e multi-instrumentista Carlinhos Brown foi destaque na capa da ‘Vogue 50’, junto com o cantor, ator e intérprete Ney Matogrosso. Na edição, os artistas celebraram sua trajetória, amizade e refletiram sobre o passado, presente e futuro. A revista traz 56 nomes que foram divididos em 25 encontros, falando sobre moda, criatividade, beleza, sustentabilidade e carreira. A edição ficará disponível nesta quinta-feira (08).
Durante a conversa, Ney afirmou que nunca foi ligado na moda, mas sabe que tudo o que ele fez e vestiu virou referência no segmento “Porque, claro, as minhas roupas não eram vendidas em lugar nenhum. Era a minha cabeça louca inventando. Fico feliz de agora ser uma referência para a moda. Embora a minha referência venha da portuguesinha [Carmen Miranda]. Mas sem imitar, nunca quis imitá-la”, disse Ney. Em resposta, Brown reverenciou a originalidade dele e revelou que o usou como referência. “Nesse crossover de moda com Agostinho dos Santos, Pixinguinha, aquela coisa do jazz, do jimbo, do terno, de muita elegância. Ao mesmo tempo, em um país tropical, Nordeste, 40 graus, trio elétrico, Carnaval. A moda está presente para o artista que presta atenção à sua imagem. Esse 360 que formata o artista. O que busco no audiovisual é encontrar espaço para a poesia. E a poesia não está apenas nas palavras”, contou Brown.
Brown e Ney ainda falaram sobre diversos assuntos como vida e morte, carreira, ativismo, cultura, música e axé: “Nós estamos na Bahia completando 40 anos de axé e você era uma grande referência ali no início. Ney Matogrosso, Zé Ramalho, Amelinha, Luiz Gonzaga, músicos popularmente fortes que se comunicavam com as massas, com todo mundo. Todas essas expressões divulgam as brasilidades de hoje. Estou feliz com esse momento e muito feliz de a gente estar aqui junto celebrando, sobretudo, outro quesito importante: a arte de se vestir”, declarou o Cacique do Candeal.
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