A partir de novembro, a Casa das Histórias de Salvador receberá a exposição “Ecos Malês”, que fará homenagem aos 190 anos da Revolta dos Malês. Com mais de 114 obras expostas, a mostra marca o início do mês da Consciência Negra e da programação do Salvador Capital Afro. No dia de abertura, 1º (sexta-feira), às 11h, a entrada será gratuita, e também nas quartas-feiras (convenção municipal). Nos demais dias a entrada será vendida na bilheteria da Casa das Histórias de Salvador e pela plataforma Sympla, custando entre R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).
Com curadoria de João Victor Guimarães e co-curadoria de Mirella Ferreira, a exposição reúne centenas de obras de 48 artistas em uma parceria com o coletivo Arquiteturas da Revolta, para incentivar a reflexão acerca das influências do movimento de resistência na contemporaneidade. Apesar da repressão violenta, a Revolta dos Malês impactou e contribuiu diretamente para o movimento abolicionista no Brasil, deixando sua marca de resistência na história de Salvador. Para Mirella Ferreira, co-curadora do projeto, “a exposição Ecos Malês olha para a cidade de Salvador e deseja ser olhada por ela. O espaço expositivo propõe diálogo e troca com as pessoas visitantes, com o intuito de construir pensamentos e novas perspectivas de futuro a partir dos ecos de liberdade”.
“Queremos que a Casa das Histórias de Salvador seja, sobretudo, a casa das histórias que outrora foram silenciadas mas que hoje devem ser contadas, registradas, celebradas, e por isso nada é mais potente e simbólico do que ter aqui a exposição Ecos Malês, ecoando os 190 anos desse acontecimento na história da nossa cidade e do nosso povo”, comenta Pedro Tourinho, secretário municipal de Cultura e Turismo, sobre a chegada da nova exposição.
A exposição apresenta uma variedade de obras, incluindo esculturas, pinturas, fotografias, gravuras, site specific de paredes de adobes, macumbas pictóricas, – que é como o artista Cipriano se refere à própria obra–, bandeiras, patuás e vídeo performance. Essa curadoria é dividida em três núcleos: Encontrar, Ruas da Revolta, e Inventar (Liberdade e Defesa). Ecos Malês conta com assistência de curadoria de Ana Clara Nascimento, Breno Silva e David Sol. Coordenação de produção de Leonardo Góis e expografia assinada por Gisele de Paula. A pesquisa histórica é de Gabriela Leandro Gaia com auxílio de David Sol.
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