O Centro de Referência de Doença Falciforme da Bahia (Crafb) começa a funcionar nesta terça-feira (14) para ampliar o atendimento a pacientes, no bairro do Garcia. O espaço foi inaugurado nesta segunda-feira (13) pelo Ministérios da Saúde e o governo da Bahia. O governo federal investiu cerca de R$ 3,4 milhões para a instalação do serviço.
“Queremos garantir exames e diagnósticos eficazes para prolongar e garantir a qualidade de vida da população”, afirmou o secretário de Atenção Especializada à Saúde, Helvécio Magalhães, em nota da pasta. O centro vai operar, na primeira semana, realizando uma triagem de pessoas entre um a 45 anos que tenham antecedente de anemia com causa desconhecida. A previsão é aplicar 100 testes por dia para diagnóstico da doença falciforme.
A Bahia é um dos estados com maior incidência da doença, mais comum na população negra, que corresponde a 76,3% da população baiana. Entre 2015 e 2022, cerca de 6,6 mil crianças nasceram com a condição no estado, um dos maiores índices do mundo, segundo o Ministério da Saúde. A doença falciforme é uma condição genética hereditária que altera o formato dos glóbulos vermelhos, dificultando a chegada de oxigênio aos órgãos e tecidos, provocando dores crônicas, anemia e infecções.
Um dos principais exames para o diagnóstico precoce é o teste do pezinho, realizado gratuitamente antes do bebê receber alta da maternidade. Os sintomas surgem no primeiro ano de vida e os mais comuns são dor nos ossos e articulações, principalmente nas mãos e pés; infecções; feridas nas pernas que demoram a cicatrizar; e sequestro do sangue no baço (o baço incha e passa a sequestrar sangue do organismo).
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