Refinaria da Petrobras na Bahia
Refinaria da Petrobras na Bahia. Foto: Divulgação.

A auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU), constatou que a venda da Refinaria Landulpho Alves, na Bahia, em novembro de 2021, apresentou fragilidades. De acordo com o relatório, o problema principal foi a venda abaixo do preço de mercado. Na época, durante a pandemia do Covid-19, a cotação internacional do petróleo estava em baixa. Com isso, o empreendimento rebatizado de Refinaria de Mataripe, foi vendido por US$ 1,65 bilhão (R$ 8,08 bilhões pelo câmbio atual), ao fundo Mubadala Capital, da Mudabala Investment Company. A empresa pertence à família real dos Emirados Árabes Unidos.

O relatório não confirmou a perda econômica, com a venda da refinaria. Porém, argumentou que a Petrobras poderia ter esperado a recuperação do petróleo no mercado internacional para fazer a operação. Como já citado, o cenário pandêmico da época auxiliou na parda de valor e a alta sensibilidade das margens de lucro. Além disso, a CGU constatou que em situações de incertezas, a empresa deveria ter considerado aguardar a estabilização do mercado, ou ajustar a operação e os preços, a partir de análise.

Por sua vez, a Petrobras defendeu a utilização dos cenários como pratica adequada para a venda, mesmo reconhecendo as limitações. De acordo com a companhia, as análises foram feitas com consistência, mas a pandemia dificultou o processo. No entanto, reconhece os desafios e concordou em avaliar melhorias sugeridas, como a inclusão de medição de probabilidade em futuras análises.

Edifício sede da Petrobras na Avenida Chile, centro da cidade.

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