Elevador Lacerda. Foto: David Zuco/Anota Bahia

Às 23h42 desta sexta-feira (20), se inicia o inverno no Hemisfério Sul. Se estendendo até o dia 22 de setembro, a estação deve trazer mudanças significativas no clima da Bahia. A expectativa é que as temperaturas fiquem mais baixas que as registradas em 2024, acompanhada da persistência das chuvas na faixa leste do estado. No interior do estado, o frio deve ser mais intenso, com temperaturas abaixo de 10ºC em áreas como Vitória da Conquista, Piatã e Santa Rita de Cássia.

No inverno deste ano, a previsão é de chuvas fracas e contínuas até meados de agosto com períodos de sol entre nuvens, na região de Salvador, Recôncavo Baiano, RMS, Litoral Norte e o Litoral Sul. As informações foram divulgadas pela Coordenação de Estudos de Clima e Projetos Especiais (Cocep), do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), em nota enviada ao Anota Bahia. Segundo alerta Cláudia Valéria, meteorologista da entidade, as chuvas serão mais leves e não devem gerar grandes acúmulos em volumes. Apesar disso, as mas precipitações serão persistentes, mantando o tempo mais úmido e nublado por vários dias.

Nas regiões do centro ao oeste, o tempo será seco, com grande variação térmica: manhãs frias, tardes quentes e umidade do ar abaixo dos 30%, o que exige atenção com a saúde. “As manhãs começam frias, mas à tarde os termômetros sobem e podem ultrapassar os 36 graus. É o que chamamos de alta amplitude térmica, associada ainda à baixa umidade do ar, que pode ficar abaixo de 30%”, alerta.

Fenômenos climáticos e impacto na agricultura

Nesse ano, não há influência de fenômenos como El Niño ou La Niña. “Estamos em uma fase de neutralidade climática, o que favorece o padrão típico da estação, com frentes frias que passam rapidamente e mantêm o tempo nublado por alguns dias”, explica Cláudia.

O Inema também chama atenção para os impactos do inverno na agricultura e na saúde. “Nas áreas litorâneas, essa sequência de chuvas favorece bastante as lavouras. Já no interior, a falta de chuvas, o ar seco e as variações de temperatura exigem mais cuidados com a saúde, principalmente respiratória”, orienta a meteorologista.

Além disso, a combinação de calor, baixa umidade e ventos fortes aumenta o risco de queimadas. “As condições meteorológicas não causam incêndios, mas facilitam sua propagação, o que também contribui para a poluição do ar e problemas respiratórios”, finaliza.

“Inverno” em Salvador. Foto: Reprodução.

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