Máscara de proteção. Foto: Reprodução.
Máscara de proteção. Foto: Reprodução.

Mesmo com explosão de casos provocados pela variante Ômicron, o número de mortes pela doença não vem acompanhando esta taxa de crescimento. Um dos fatores que explica isso é, por óbvio, o avanço da vacinação. No entanto, há outras variáveis. Especialistas ouvidos pelo Globo consideram que é possível que a nova variante indique o fim da fase pandêmica da Covid-19. Isso porque a evolução de um vírus tende, não é certo, a ser mais infecciosa e menos letal.

“Um vírus que mata demais alerta os hospedeiros e começa a ter um insucesso evolutivo. A vantagem evolutiva é daquele que se transmite muito, causando o mínimo de doença possível. Matar, então, nem pensar. O bem-sucedido não causa doença nunca. Então, a tendência é que um dia, em décadas, ele vire um resfriado”, explicou o virologista Fernando Spilki.

“Não vamos voltar a 2020, mas novas variantes vão acontecer, não se para a evolução, e, na perspectiva mais otimista, essa mutação viria mais atenuada. Mas é biologia, não uma ciência exata, por isso o ideal é tentar mitigar esse processo por meio da vacinação”, completou.