Comunicação e publicidade.
Comunicação e publicidade. Foto: Adobe Stock.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva concentra cerca de 80% da verba de publicidade em cinco agências: DeBrito Brasil, Propeg, Nova, Calia e Nacional Comunicação. De acordo com dados do Orçamento, as empresas receberam aproximadamente R$ 755 milhões, somente em 2024, destinados para propagandas e campanhas de interesse público. A Nacional Comunicação, foi a maior beneficiada com R$ 225 milhões. Em seguida, aparece a Calia (R$ 180 milhões), Nova (R$ 177 milhões), Propeg (R$ 111 milhões) e DeBrito (R$ 62 milhões). Tais empresas venceram as licitações dos órgãos federais com mais verba para publicidade, como a Secom da Presidência e o Ministério da Saúde. Essas duas pastas respondem por mais de 70% do valor investido pela gestão Lula em campanhas no último ano, segundo análise da Folha de S. Paulo.

A Nacional Comunicação assumiu a liderança em verbas de publicidade no governo Lula. Já no governo do ex-presidente, Jair Bolsonaro, a empresa teve um crescimento em 2022, quando geriu campanhas de cerca de R$ 100 milhões. Em termos de comparação, em 2022, ainda na gestão Bolsonaro, cerca de 86% dos recursos ficaram nas mãos de cinco empresas, sendo que a Calia era a líder.

A agência disparou nesse ranking após vencer as licitações da Secom, em 2021, e do Ministério da Saúde, também conduzida pela gestão Bolsonaro. “Assim como os demais contratos que a Nacional mantém com outros órgãos federais, todos resultados de processos públicos e transparentes. Os valores empenhados são relativos à soma destes contratos, e todos estão sob permanente escrutínio dos órgãos de fiscalização”, afirmou a Nacional, em nota.

“As ações de publicidade realizadas pela Secom estão atreladas diretamente à missão institucional da pasta, que deve dar amplo conhecimento à sociedade das políticas e programas do Poder Executivo Federal, divulgar direitos dos cidadãos e serviços à sua disposição, estimular a participação da sociedade no debate e na formulação de políticas públicas, entre outras”, informou a Secom, comandada por Sidônio Palmeira.

A Calia afirmou que segue a legislação sobre licitações. “Em cumprimento às normas de compliance e a fim de preservar o sigilo e a confidencialidade das campanhas de nossos clientes, esclarecemos que as informações sobre os contratos administrativos do poder público podem ser acessadas através do portal da transparência e também nos sites dos órgãos”, disse a empresa. A agência Propeg afirmou, em nota, que todos os seus contratos públicos são firmados após licitações. Por sua vez, a Nova disse que assumiu contas do governo por meio de licitações vencidas nos últimos 20 anos. Por fim, a DeBrito foi procurada pela Folha, mas não se manifestou.

Imagem ilustrativa. Foto: Freepik.

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