The Town, em São Paulo
The Town, em São Paulo. Foto: Divulgação.

Cada vez mais escutamos falar em excelência de experiência e o quanto esse conceito se torna importante para engajar, atrair e fidelizar clientes, sendo muito comum no mercado de luxo e indo muito além de uma bolsa ou item de grife adquirido, mas acima de tudo, na prestação de serviços como shows e até mesmo festivais como o The Town, que tem um público mais selecionado por seu alto valor dos ingressos e que acaba atraindo pessoas de todo o Brasil.

E por que trazer esse assunto associado a primeira edição do festival que chegou a São Paulo no dia 02 de setembro? Porque o festival já aterrissou à capital paulista com o selo de peso por pertencer aos mesmos criadores do Rock in Rio, e com a promessa de se tornar o maior festival de música, cultura e arte da cidade. 

O festival se define como “São Paulo inspira THE TOWN. THE TOWN celebra São Paulo.”, sendo que a cidade da música sofreu algumas críticas de alguns de seus colaboradores, por ter uma grande equipe composta por cariocas que conhecem sobre o mercado e as necessidades do Rio de Janeiro, mas desconhecem as de São Paulo.

O The Town também defende que tudo nele foi pensado para o público ter a melhor experiência possível, do início ao fim, e não é bem isso que estamos encontrando pelas redes sociais sobre as pessoas que estiveram por lá. E, como o assunto do momento foi esse, o Anota Bahia trouxe um relato sobre como foi a nossa experiência, como público, desse evento que tem grande promessa de crescimento no mercado nacional de entretenimento. 

Pontos altos:

  • Segurança até o Autódromo. Isso foi um ponto muito importante, já que o meio principal de transporte para chegar ao local da festa é através de metrô e trem, e, ao descer na estação Interlagos, encontrou-se um caminho bem policiado e com seguranças, o que é ótimo para quem vai e volta sozinho se sentir mais seguro.
  • Os banheiros não são químicos. Isso é excelente. Todos os momentos em que estivemos no banheiro, estava limpo, mesmo com o grande fluxo de pessoas passando por eles. 
  • As atrações. Os shows deram o que falar, e podemos dizer que a atração que mais ganhou o coração dos brasileiros foi o Bruno Mars embalando só hits, muito gingado e talento. Outro show que foi super bem comentado foi o do cantor americano Ne-Yo que mesmo sem ser atração do palco principal, foi um dos destaques da sua noite de apresentação. Quando se trata de artistas nacionais a Ludmilla também mostrou que está pronta para se apresentar em mais festivais no palco principal.
  • Variedade gastronômica. O evento contou com diferentes pratos para todos os gostos e opções alimentares. 
  • No sábado (02), devido às fortes chuvas, os brinquedos foram fechados por questão de segurança. 

Pontos baixos:

  • Poucos banheiros para a quantidade de pessoas presentes no festival com filas imensas e bastante caos. 
  • A logística da bebida estava bem confusa. Lá dentro você não conseguia comprar várias fichas de bebida para ir consumindo com o passar do tempo, ou seja, cada vez que você quisesse beber algo, você tinha que comprar a ficha para consumir a bebida naquele momento da compra e não depois. O que gerou filas quilométricas e muita desorganização. 
  • Se utilizou muito o conceito de sustentabilidade em que você comprava um copo para utilizar durante todo o período do festival, evitando desperdício e mais lixos, porém, em um determinado momento dos shows, eles estavam dando copos novos, e não reutilizando os copos como foi anunciado, porque os garçons já não sabiam mais quem era o dono do copo devido a alta demanda nos bares.
  • Outro ponto da bebida é que existiam aqueles promotores com mochilas vendendo, porém, nos primeiros dias tinham pouquíssimos espalhados pelo Autódromo, e alguns até cobrando valores maiores do que o anunciado no festival. 
  • Apesar da diversidade culinária, comer também não foi nada fácil. Filas imensas, desorganização no controle dos pedidos e muito sufoco marcaram os dias do festival.
  • O Autódromo, por mais que seja montada toda uma estrutura, não suporta eventos como esse, além de não ter acessibilidade com tantos desníveis, rampas e ladeiras, principalmente no caso de chuvas torrenciais como aconteceu no sábado (02), em que muitas ladeiras viraram cachoeiras com muitas lamas.
  • Toda a estrutura não foi pensada em casos de chuva como aconteceu no dia (02), porém, estamos falando da cidade que é conhecida como a terra da garoa, que chove bastante com intensas tempestades. E, sim, a empresa não é responsável por situações climáticas, mas ela deve sim ter uma preparação com estruturas que suportem casos extremos de calor e de chuva. 
  • Outra falha é que foi anunciado que teriam bebedouros espalhados pelo local, porém, não havia muitos. No domingo (03), devido ao calor intenso, não se encontrava mais água para vender em um determinado momento, o que gerou mais filas e procura por esses bebedouros. 
  • Existia um aplicativo do The Town em que você podia comprar bebidas, porém, a internet estava bem ruim e você não conseguia usar e nem comprar absolutamente nada enquanto estivesse curtindo o festival. 
  • Em relação ao transporte, o trajeto estava demorando uma média de 1h e 30 minutos só no trem de Pinheiros até Interlagos. Os vagões dos trens lotados, muitos sem ar condicionado e parando por longos períodos em cada estação até chegar ao seu destino final. 
  • Existia um trem expresso que ia direto sem parar em nenhuma estação, mas também existiram algumas reclamações como: desrespeito ao horário agendado da compra, demora para chegar o trem e desorganização no controle de saber quem pagou pelo serviço ou não no momento de entrar no vagão. 
  • Você também podia ir com alguns ônibus que saíam de alguns pontos da cidade que te levam direto para o The Town, porém, você estava suscetível a uma longa espera dentro do transporte, por um fluxo intenso de engarrafamento com pessoas que iam até o local. 

Mesmo com as experiências negativas dos primeiros dias, o Festival ainda deixou muito a desejar no último final de semana de shows e sendo relatado na internet os mesmos problemas, com o plus de superlotação e palcos muito próximos, o que prejudicou na circulação por todo o festival. O The Town tem tudo para ser um grande festival como eles prometeram e já está confirmado para se repetir em 2025, já que em 2024 acontecerá o Rock in Rio na capital carioca, mas eles precisam organizar esses pontos negativos para tornar a experiência de seu público com excelência como deve ser, além de ser importante lembrar que quando se trata de festivais precisamos exigir que a experiência seja única e com poucos perrengues, afinal ali é um momento de diversão que deve ser aproveitado, criando momentos memoráveis e não gerando insatisfações como aconteceu com alguns em relação a alguns dias do festival.

Comentário negativos nas redes sociais do The Town
Comentário negativos nas redes sociais do The Town. Foto: Reprodução.
Comentário negativos nas redes sociais do The Town
Comentário negativos nas redes sociais do The Town. Foto: Reprodução.
Comentário negativos nas redes sociais do The Town
Comentário negativos nas redes sociais do The Town. Foto: Reprodução.

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