Uma coleção com mais de 5.000 obras, deixada pelo artista plástico baiano Emanoel Araújo, que foi diretor e curador do Museu Afro Brasil, em São Paulo, foi leiloada por R$ 30 milhões para a Fundação Lia Maria Aguiar, de Campos do Jordão, no último final de semana. Ele faleceu ano passado, aos 81 anos.
Emanoel Araújo reuniu, no decorrer de sua vida, old masters, pinturas, esculturas brasileiras, design, fotografia, arte sacra, jóias coloniais, cerâmicas e artesanato. As peças abrangem desde representações de Orixás na religião afro-brasileira até representações europeias em bronzes coloniais.
Alguns imóveis localizados no bairro paulistano Bexiga, deixados pelo artista, também foram incluídos nesse primeiro lote, segundo Jones Bergamin, o leiloeiro. Em vida, Araújo afirmou que gostaria que sua coleção pessoal tivesse um destino público.
Porém, o Instituto Brasileiro de Museus afirmou que as instituições sob a sua alçada não teriam dinheiro para arrematar o lote, cujo lance mínimo era de R$ 30 milhões, e com isso, a vontade geral dos herdeiros foi de vender a coleção completa para mantê-la unida.
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