
O Coletivo Flipeba retornou ao Brasil após intensa agenda de atividades no continente africano, realizada entre os dias 14 e 18 de junho. Formado pela escritora Manoela Ramos, o comunicador e escritor Lucas de Matos, e o agitador cultural Uran Rodrigues, o trio esteve em Joanesburgo, na África do Sul, e Maputo, em Moçambique, para lançamentos de livros, painéis temáticos sobre literatura, sarau e festa musical. O coletivo participou de uma reunião na residência do diplomata brasileiro Rômulo Neves, na capital moçambicana, na qual estiveram diversas pessoas da cena cultural e artística locais. Dentre os nomes, estavam a poeta Lorna Telma Zita, e o estilista King Levi Daper, numa pré-apresentação das atividades que foram desenvolvidas na programação da Feira do Livro de Maputo.
No dia 16 de junho, Manoela e Uran realizaram uma palestra no Instituto Superior de Comunicação e Imagem de Moçambique para partilhar com estudantes experiências sobre produção e articulação sociocultural. “Para nós, foi importante eles terem vindo para cá para trazer uma noção de que muitas vezes ignoramos, para recordamos quem somos e projetarmos um futuro melhor”, comenta Raimundo Manuel, chefe do setor de comunicação e marketing da entidade. Em seguida, Lucas e Manoela dividiram mesa sobre ‘O legado dos festivais literários’, no Instituto Guimarães Rosa (IGR).
Durante a agenda, Manoela lançou o seu livro ‘Confissões de Viajante Sem Grana’, no sarau poético realizado por Lucas e a poeta moçambicana Énia Lipanga, culminando com a discotecagem de Uran na Festa O Pente. “Foi uma experiência enriquecedora e paradigmática. Estamos organizando um encontro para compartilhar as nossas experiências em África, e já entusiasmados para realizar mais uma edição da Festa Literária de Boipeba neste ano, depois de colocá-la no panorama internacional de eventos literários”, conta a escritora.
Por fim, o Coletivo atravessou as fronteiras até a Universidade Wits, na África do Sul, para participar do lançamento de ‘Where We Stands’, livro de Djamila Ribeiro. Na atividade, realizada em ação conjunta com o IGR Pretoria, Manoela fez um discurso ressaltando a prática de festas literárias como fortalecedoras para comunidades, considerando a leitura como um processo libertador, em alusão ao livro de Djamila, encerrando assim a agenda do Coletivo.


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