SENTEM-SE QUE A PF CHEGOU
Tudo parecia normal, tudo parecia tranquilo no voo que saiu de Brasília para Salvador na última quinta-feira (13). Como de praxe, a aeronave estava lotada de políticos. Tinham deputados federais, estaduais, ex-ministro, ex-prefeito e por aí vai. Amigos e inimigos compuseram uma cena pacífica e nada acalorada na rota para a capital baiana. Em solo, na terra do dendê, eis que a operadora emite um aviso: “mantenham-se sentados, a Polícia Federal fará uma revista”. Acabou a paz. Era gente passando mal, tendo falta de ar, gente com a cabeça baixa, sentindo pressão alta e etc. Dois indivíduos foram levados pelos agentes, mas não foram nenhum dos políticos. A paz voltou.
CONVIDADO NÃO É PROTAGONISTA
É bom lembrar que convidado não é – e não deve ser nunca – protagonista de nenhum evento. Quem brilha, quem tem que brilhar, são os anfitriões. A gente sabe que a roupa com brilho até voltou à moda, e não tem problema usar, mas ficar zanzando para lá e para cá, dando gritinhos deselegantes ao encontrar os conhecidos, fazendo mil fotos e vídeos para exibir nas redes sociais e querer chamar atenção para si, é além de constrangedor, é barato demais para quem sequer pagou a conta de um docinho.
ENTENDEM DE ARTE?
Aconteceu recentemente em São Paulo, a SP-Arte, já considerado um dos maiores eventos do segmento do país. Com a ideia de pulverizar a sua realização, diversos artistas e influenciadores são convidados a comparecer na Bienal, onde passeiam pelos estandes, visitam as mostras e jogam em seus perfis, com milhares de seguidores, suas impressões sobre tudo. Mas o que causou conversas entre os participantes foi uma pergunta inicial, que ronda e assombra cada metro quadrado da arte: e os reis do Instagram entendem de arte?
CHEGAR ANTES É MUITO PIOR.
Muito se fala sobre pontualidade. Há os que rechaçam a falta de cumprimento do horário marcado, têm os que julgam cultura e educação por isso, há os que preferem sempre chegar 30min ou 1h depois do combinado. Nesta corda bamba, têm ainda aqueles que chegam antes do acertado. Foi assim, que esses dias, em um jantar dos bons, coisa pequena, de lugar marcado, um convidado chegou antes mesmo do anfitrião estar totalmente pronto. O constrangimento – entre eles, claro, já que ninguém estava lá, apenas o chef que comandou a gastronomia da noite – foi desconcertante. Os atrasos podem ser perdoados, e até mal falados, mas chegar antes é muito pior.
QUEM PEDIU A OPINIÃO?
No meio da semana, em um poderoso encontro casual, daquele que reúne o ápice do empresariado, com a força da nova comunicação, muito se falou sobre opinião. O que se acha, como se acha, porque se acha, e por aí vai. No começo da conversa, um ouvido atento, ouviu de uma pessoa importante, uma força motriz, a seguinte frase: “só dou minha opinião, a quem pede minha opinião”. Talvez seja essa, uma das grandes sabedorias do momento, nesta vida, que por conta das redes sociais, se tornou um prato cheio para quem acha que conteúdo é justamente falar de tudo, mesmo quando ninguém quer saber de nada.
O PERSONAL DELA
A história não é nova. Mas volta e meia permeia as rodas sociais em Salvador como exemplo de modernidade nos relacionamentos. Ela é uma empresária consolidada, conhecida por sua atuação visionária, casada com um político tradicional de direita. Quando o marasmo recai sobre sua rotina, ela gosta de realizar atividades físicas, como uma fidedigna atleta. Acompanhada por um personal trainer, ela desconta todos os estresses em suas atividades físicas. Mas também vai além e mantém uma espécie de relação casual com aquele que lhe ajuda na função – com isso, aquilo que deveria lhe tomar 1h por dia, perdura pelo turno vespertino inteiro. O marido? Dizem que sabe de tudo.