A pesquisa divulgada, nesta quinta-feira (21), pelo Instituto Paraná, em parceria com o Bahia Notícias, colocou pré-candidatos e partidos em profunda reflexão. Com os números em mãos é preciso esmiuçar e enxergar para quais caminhos apontam os pequenos detalhes.
A pandemia do novo coronavírus trouxe ainda mais incertezas políticas e eleitorais. Em outros tempos, as ruas já estariam pegando fogo, mas o cenário é confuso. Na pesquisa espontânea, onde o entrevistador pergunta em quem o eleitor votaria sem apresentar opções, 60,5% não soube responder e outros 10,5% afirmaram não votar em ninguém. Nesse questionário o prefeito ACM Neto (DEM), que não poderá mais concorrer a reeleição, é o mais citado com 17,4%. Fora ele, apenas o seu pré-candidato e vice-prefeito Bruno Reis (DEM) aparece com 7,6%. Todos os demais nomes ficam abaixo de 1 ponto percentual.
Nos dois cenários estimulados, Bruno Reis lidera com pouco mais que o dobro do segundo colocado, com 31% no cenário 1 e 35,5% no cenário 2. Ele é seguido pelos deputados federais Sargento Isidório (Avante), que varia entre 12,9% e 16,7%; e Lídice da Mata (PSB), que fica entre 11% e 12,6%.
O secretário de Saúde e deputado estadual licenciado, Léo Prates (PDT), e o ex-deputado Irmão Lázaro (PL) só foram testados no primeiro cenário. Prates aparece com 8% e Lázaro com 5,5%.
Os três pré-candidatos com perfil mais a esquerda estão todos empatados tecnicamente. Ungida recentemente pelo PT, Major Denice varia entre 3,7% e 4,4%. Olívia Santana (PC do B), passou de 3,4% para 4%. Já Hilton Coelho (PSOL), ficou entre 2,2% e 2,4%.
Avaliado apenas no primeiro cenário, com 13 nomes, Bacelar (Podemos) apareceu com 2,1%. Apesar disso, o deputado é um dos nomes que deve levar a postulação até o fim. Variando entre 1,8% e 2,3%, Cézar Leite (PRTB), o único nome declaradamente bolsonarista, deve crescer dentro dos eleitores do presidente.
Eleusa Coronel (PSD), que assumiu a pré-candidatura no lugar do senador Ângelo Coronel (PSD), não passou de 1,1%. Conforme já publicado na Coluna, ela deve compor a vice de uma chapa governista.
O deputado estadual Niltinho (PP), com 0,4%, é outro que não deve levar a postulação até o fim. Já Celsinho Cotrim (PROS), apesar de aparecer com apenas 0,2%, tem a garantia do partido para manter a pré-candidatura.
2º turno – Por mais que os números apontem para um cenário de 2º turno, o levantamento do Paraná Pesquisas não realizou nenhuma simulação. Contudo, internamente, cada partido tem avaliado a possibilidade.
Rejeição – Lídice da Mata é a mais rejeitada entre os pré-candidatos. 59,4% disseram não votar na ex-prefeita de jeito nenhum. Na sequência aparecem Hilton Coelho 56,1%), Sagento Isidório (51%), Major Denice (44,1%), Léo Prates (42,8) e Bruno Reis (26,3%).
Apoio – O prefeito ACM Neto e o governador Rui Costa são os dois com maior peso na eleição. Para 52%, o apoio do democrata aumentaria as chances de voto. Já para 51,7%, o apoio do petista é fundamental para decidir o voto. O ex-presidente Lula influencia positivamente 37,6% e o presidente Bolsonaro 15,9%.
Avaliação – O Governo Federal é aprovado por 26,2% e desaprovado por 70,4% dos soteropolitanos. O Governo do Estado tem aprovação de 77% e 18,8% de desaprovação. O Governo Municipal é aprovado por 78,5% e desaprovado por 18,2.
Economia – O dólar comercial viveu mais um dia de queda, a 1,89%, e fechou o dia cotado a R$ 5,582. O Ibovespa, principal índice da Bolsa, teve alta de 2,1%, aos 83.027,09.
Momento Jurídico, com Dr. Leonardo Brito – A Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep), concluiu um estudo no qual se propõe diversas medidas a serem tomadas com relação aos efeitos da pandemia Covid-19 nas eleições deste ano. Dentre as diversas propostas, o estudo sugere o treinamento de mesários por ensino a distância (EAD), bem como a virtualização de todos aspectos possíveis do processo até o estudo da probabilidade do voto digital. As propostas foram elaboraras por três grupos de trabalho da Academia e aprovadas pelos seus membros na última sexta-feira (15). O estudo segue para apreciação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Congresso Nacional.
Inquietude – Por que o Paraná Pesquisas não inseriu o nome de Magno Lavigne (Rede)?