Major Denice. Foto: Ag. A Tarde.

Em 2018, a eleição apresentou diversas surpresas. Muita gente que nunca havia disputado eleição nem para síndico logrou êxito. Mas isso não acontece por acaso.

Em Pernambuco, por exemplo, a delegada Gleide Ângelo (PSB) se mostrou um fenômeno eleitoral e foi eleita deputada estadual com 412 mil votos. Para se ter uma melhor dimensão, o melhor colocado na Bahia obteve 110 mil. E olha que aqui temos mais de 2 milhões eleitores a mais.

A receita da pernambucana foi ir de comunidade em comunidade falar sobre o combate à violência contra as mulheres. Tornou-se ativista no quesito, ganhou a mídia e a eleição.

Na Bahia surge o nome da Major PM Denice Santiago, comandante da ronda Maria da Penha. A militar é mestre em Desenvolvimento e Gestão Social pela UFBA. De quebra ainda poderá se utilizar do discurso de ser a primeira pessoa negra a governar Salvador, a cidade mais negra do Brasil. Se vai dar certo são outros quinhentos, mas, verdade seja dita, a oposição ainda não encontrou “o nome” para apresentar.

Ausência – O secretário de saúde Léo Prates (sem partido) não deu as caras no anúncio da pré-candidatura à prefeito de Bruno Reis (DEM). Não havia clima após a sua saída do partido alegando perseguições.

Fortalecimento – O Democratas quer ampliar seu capital eleitoral na Região Metropolitana. Além de manter as prefeituras de Salvador e Camaçari, o partido avança com as filiações do prefeito de Simões Filho, Dinha, e do empresário Teobaldo Costa, pré-candidato a prefeito de Lauro de Freitas. Em caso de vitórias, a sigla comandará pouco mais de 2,1 milhões de eleitores.

LEM 1 – Com a máquina municipal e estadual na mão, o prefeito Oziel Oliveira (PSD) tem tudo para vencer a eleição. É bastante popular. O problema tem sido a ineficiência da sua equipe. Se não acelerar o cumprimento das promessas, adeus reeleição.

LEM 2 – Derrotado por uma pequena margem de votos em 2016, o democrata Júnior Maraba tem realizado diversas reuniões com lideranças políticas de Luís Eduardo Magalhães. A estratégia é não dividir a oposição e marchar todo mundo junto, aproveitando-se do desgaste da gestão Oziel Oliveira (PSD).

LEM 3 – Segundo mais bem votado para deputado federal no município, Jefferson Café deixará o NOVO para poder disputar a prefeitura. O destino ainda é incerto e não está descartada uma aliança oposicionista. O discurso liberal continuará em pauta.

Sem adversário – Em Bom Jesus da Lapa, o prefeito Eures Ribeiro (PSD) indicará o advogado Gildasio Júnior para disputar a prefeitura do município. Com uma gestão aprovada pela população, até o momento ninguém na oposição teve coragem de colocar o nome em jogo.

Fora do ninho – Pré-candidato a prefeito de Macururé, Bergue vai trocar o PSDB pelo PC do B. A mudança atende a um convite do deputado estadual Zó.

Dentro do ninho – A caminho de formar uma chapa de oposição em Lauro de Freitas com o empresário Teobaldo Costa, Mateus Reis vai trocar o Cidadania pelo PSDB. Ele não confirma a travessia, mas já adiantou que em partido aliado da prefeita Moema (PT) não fica.

Inquietude – Léo Prates se tornará o nome da oposição?