Jair Bolsonaro e Sérgio Moro. Foto: Reprodução.

Time que tá ganhando não se mexe. É simples. O Brasil viu uma melhora significativa em praticamente todos os índices de criminalidade. Então, por que desmembrar o Ministério da Justiça e Segurança Pública?

Não faz o menor sentido. Não há justificativa plausível para tal ação. A explicação do presidente Bolsonaro era somente porque os secretários estaduais de segurança pública queriam uma pasta específica. Não convence. Tem algo a mais e não deve ser republicano. A menos que se queira apenas fragilizar o ministro Sérgio Moro. 

Se foi, o tiro saiu pela culatra. A popularidade do ministro permanece intacta, ao contrário da de Bolsonaro, que oscila com vento calmo. E o presidente sabe que na atual conjuntura política perder Moro o trará prejuízos irreparáveis. Foi preciso a repercussão negativa e a possibilidade do ex-juiz da Lava Jato deixar o cargo para o bom senso retomar o seu lugar.

Como disse o filósofo francês René Descartes, em seu O Discurso do Método: “O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm”.

Bolsonaro recuou. Nada muda por enquanto, mas tudo pode acontecer. Com tanto vai e volta de opinião, não será surpresa se o assunto voltar à tona. Bom senso, presidente. Bom senso!

No Instagram – Por falar em Sérgio Moro, o ministro foi convencido pela sua esposa, a advogada Rosângela Wolf Moro, a criar uma conta da rede social Instagram. Em vídeo, ele disse que “é uma forma de prestar contas a sociedade”. Em apenas um dia o perfil já superou a marca de 600 mil seguidores. No Twitter, o ministro tem 1,9 milhão de seguidores.

Isolamento – A pré-candidatura do senador Ângelo Coronel (PSD) acabou isolando o deputado federal Pastor Sargento Isidorio (Avante) na disputa. Sem o PSD, Isidorio perdeu um bom tempo de TV, a estrutura partidária e a possibilidade de atrair outras legendas de centro. 

O acordo…  – Coronel gostou tanto da ideia de disputar a prefeitura de Salvador que já estabeleceu um acordo com o deputado federal Bacelar, que também é pré-candidato pelo Podemos. Quem estiver melhor na pesquisa receberá o apoio do outro. 

…e o desacordo – Bacelar mantém conversas também com o PSB, conforme já noticiado por essa coluna. A grande questão é se os socialistas embarcarão na ideia, visto que o deputado federal Marcelo Nilo nunca digeriu a derrota sofrida para Coronel, na presidência da ALBA. 

Presentes – O 1º Encontro Baiano de Apoiadores da Aliança pelo Brasil será realizado na tarde deste sábado,no Fiesta Bahia Hotel. A expectativa dos organizadores é receber um grande público. Até porque é preciso mostrar força a direção nacional. O vereador Alexandre Aleluia(DEM) e os deputados estaduais Capitão Alden e Talita Oliveira, ambos do PSL, são presenças confirmadas.

Excluído  O vereador Cezar Leite (PSDB) não entrou no portfólio das lideranças que terão destaque no Encontro da Aliança pelo Brasil. No entanto, ele segue individualmente filiando pessoas ao partido em criação. Em sua última postagem no Instagram, Leite destacou o apoio do médico Luciano Ferreira, a quem presenteou com uma camisa com os dizeres “médicos aliados”. Se ele irá ao evento são outros quinhentos. O vereador não respondeu ao nosso questionamento. Estamos de olho.

O mundo lá fora – Na Áustria, o acesso ao transporte público é livre. Apesar de não haver um cobrador, você tem a obrigação de pagar pela sua passagem. É a responsabilidade de cada cidadão enraizada na consciência social. Eles sabem que se não pagarem a qualidade cairá e ter um cobrador encarece o serviço. Um detalhe: utilizar o transporte público sem pagar é crime. Como estamos atrasados.

Frase da Semana – “Neto, seu avô deve estar aplaudindo de pé. Que muitos bons eventos aconteçam aqui.” (Maria Bethânia, durante inauguração do Centro de Convenções)

Inquietude – Se Bolsonaro dividir o ministério, Sérgio Moro deixa o cargo?