A oficialização da filiação do deputado estadual licenciado e atual secretário de saúde, Léo Prates, ao PDT, movimentou a política soteropolitana. Com o auditório lotado, o ato ganhou ares de lançamento de pré-candidatura. O evento foi prestigiado pelo presidente nacional da legenda, Carlos Luppi, e diversas autoridades políticas.
Dentre todas as falas, é claro que, a que mais chamou a atenção foi a de Léo Prates. Ele flutuou em uma zona entre a longa relação de amizade com o prefeito ACM Neto (DEM) e as parcerias que tem feito com a gestão do governador Rui Costa (PT). Disse que esse era o seu momento e que sua candidatura não seria contra ninguém, mas a favor de Salvador.
Por algumas vezes repetiu a ideia de que “é possível fazer diferente”. Em um determinado momento, referindo-se as parcerias feitas com o Governo do Estado, Prates disse que “é possível fazer diferente. É possível fazer melhor para o povo de Salvador”. A frase é intrigante pela diversidade de possibilidades interpretativas, onde cada um fará a sua própria avaliação. De resto, só o próprio Prates poderá dar o real sentido de sua fala.
Aos mais atentos e que gozam de boa memória, recordo que a frase citada esteve presente na letra do jingle da primeira eleição de ACM Neto para prefeito. Na época, a mensagem queria dizer que o democrata faria diferente do ex-prefeito João Henrique.
Convenhamos, ‘fazer diferente’ é discurso de oposição. Nada melhor que o passar do tempo para aclarar as coisas.
Gafe – Em comunicação inadiável para registrar a filiação de Léo Prates ao PDT, o deputado estadual Euclides Fernandes se empolgou tanto com a chegada do novo correligionário que acabou cometendo uma gafe. Ao encerrar sua fala, disse que Prates é pré-candidato do partido a prefeito de Jequié. Imediatamente voltou ao microfone e se corrigiu. Tá perdoado.
A previsão… – Da tribuna da Assembleia Legislativa, o deputado Pastor Tom (PSL) exaltou os feitos realizados pelo ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo (DEM). O parlamentar destacou que a força de Ronaldo é tão grande que o nome que ele apoiar vencerá a eleição ainda no primeiro turno. Ainda uma incógnita, a angustia da escolha está entre os nomes do prefeito Colbert Martins (MDB) e do deputado estadual Targino Machado (DEM).
…e a reação – Presente à sessão, durante uma visita de cortesia, o deputado federal e também pré-candidato a prefeito de Feira de Santana, Zé Neto (PT), assistiu as previsões do Pastor Tom. De costas estava e de costas permaneceu. Optou por continuar a conversa com o deputado estadual Robinson Almeida (PT).
Apoio selado – A deputada federal Dayane Pimentel selou o apoio do PSL à reeleição do prefeito de Simões Filho, Dinha Tolentino (MDB). Durante o encontro, ela disse aos presentes que “a oposição vai cair do cavalo”. Outro partido que assegurou apoio foi o PSC, por meio do presidente estadual Heber Santana. A caminho do Democratas, a filiação de Dinha será feita após o Carnaval.
Nada mudou – Governo e oposição mantiveram as mesmas composições das Comissões na Assembleia Legislativa (ALBA). Vale lembrar que todos os presidentes são governistas.
Nada muda – Já a Câmara Municipal de Salvador (CMS) definirá hoje a composição das suas Comissões. Assim como ocorreu na ALBA, há uma grande chance de nada ser alterado por lá também.
Réu 1 – O deputado federal João Carlos Bacelar (PL) virou réu por crime de peculato, quando o funcionário público apropria-se de dinheiro em proveito próprio ou alheio. A ação penal proposta pela PGR foi aceita pela Primeira Turma do STF. A Pinga Fogo tentou contatar o deputado, mas não obteve êxito. O espaço fica aberto para sua defesa.
Réu 2 – Novo ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, também é réu em ação penal, informou a Crusoé. Ele é acusado pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte de desviar R$ 149,7 mil com a nomeação de funcionários fantasmas, quando foi presidente da Câmara Municipal de Natal (RN).
Inquietude – Qual a interpretação correta da frase “é possível fazer diferente”, dita por Léo Prates?