Foto: Beto Barata/Agência Senado

Diz-se que ‘quem não deve, não teme’. Então, por que nem todos os senadores assinaram o requerimento que pede a urgência da votação do Projeto de Lei do Senado (PLS) 166/2018, de autoria do senador Lasier Martins (Podemos-RS), que estabelece a prisão após julgamento em segunda instância? O que temem?

No jogo político, a pressão popular sempre apressa o Congresso Nacional. Logo após a nova decisão do STF, o senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) apresentou a PEC 5/2019, que trata do assunto. Ele a retirou a pedido do presidente Davi Alcolumbre (DEM) e de outros senadores, sob o argumento de que um projeto de lei teria tramitação mais rápida.

Bastou a pressão esfriar para que a prisão em segunda instância foi colocada em último plano. Agora querem apreciar uma PEC que tramita na Câmara dos Deputados, podendo votar logo o PLS que já está pronto. Fica claro o sinal de que há um desinteresse político na matéria.

Até o momento, apenas 37 senadores assinaram. O Distrito Federal, o Paraná e Santa Catarina foram as únicas unidades federativas em que os três representantes colocaram a digital. Já os estados da Bahia, do Pará, da Paraíba, de Pernambuco, de Roraima e do Tocantins, não tiveram o apoio de nenhum dos seus representantes até o fechamento da Coluna.

A grande curiosidade da prisão em segunda instância é que ela colocou do mesmo lado os petistas e o senador Flávio Bolsonaro (sem partido), filho 01 do presidente Bolsonaro (sem partido). Eles e outros estão todos juntos na impunidade. O House of Cards tupiniquim é deprimente.

O que mudou? – A prisão em segunda instância saiu da discussão jurídica e foi para política com o advento do mensalão e a consequente prisão de políticos, empresários e banqueiros. Antes disso, nenhum dos poderes estava nem aí.

Unidos – Em vídeo divulgado nas redes sociais, o suplente de deputado estadual Mateus Reis admitiu que recebeu convite do deputado Junior Muniz (PP) para assumir o seu lugar. Agradecido, ele disse que seu projeto é trabalhar por Lauro de Freitas junto com o pré-candidato a prefeito Teobaldo Costa (DEM) para tirar a atual administração.

Atrativo – Pré-candidato a prefeito de Ilhéus, Valderico Junior (DEM) tem se preocupado também em montar uma chapa de vereador competitiva no Democratas. Somente nomes que tiveram abaixo de mil votos na última eleição serão aceitos. Em 2016, a legenda teve 402 votos e não elegeu ninguém. Junior garante que esse ano o partido elegerá  três nomes.

Alerta – A Transalvador precisa ajustar o tráfego no trecho onde ocorre a desmontagem dos camarotes. Há pontos que a única faixa no sentido Barra-Ondina está com fila de caminhões parados, obrigando os condutores a usar uma das faixas da contramão. Simples cones já resolveriam o problema.

Definido – Pré-candidato a prefeito de Mucugê, o engenheiro civil Charles Novais bateu o martelo e definiu o partido. Filiou-se ao Solidariedade e agora trabalha para atrair nomes para disputa de vereador.

Exclusivo – Conforme publicamos na Pinga Fogo de ontem, o médico Tarcisio Pedreira ouviu os seus correligionários e atendeu ao pedido do grupo para que coloque o seu nome na disputa pela prefeitura de São Gonçalo dos Campos. A notícia foi confirmada em primeira mão pelo próprio Tarcisio, informando que o partido será definido na próxima semana.

O Mundo lá Fora – Mais da metade de Israel é coberto por desertos e poucas fontes de água potável. A combinação desfavorável não impediu que o país investisse em tecnologia e se tornasse uma potência agrícola. Produzem frutas e flores onde só tem areia e ainda ensinam outros países a lidar com a seca.

Frase da Semana – “Eu não tô pedindo voto a você não. Você meta seu voto onde quiser.” (Temoteo de Brito, prefeito de Teixeira de Freitas respondendo a uma paciente durante visita a unidade de saúde)

Inquietude – Você é a favor ou contra a prisão em segunda instância?