Entre o médico e o funcionário administrativo, em questões de saúde, é sempre melhor ouvir a opinião de um especialista. Nesse sentido, a condução do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, tem sido quase que irretocável. É técnica, equilibrada e responsável.
O reflexo desse trabalho está na pesquisa divulgada, nesta sexta-feira (3), pelo Instituto Datafolha. O levantamento ouviu 1.511 pessoas, por telefone, em todo país e tem margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos. Mandetta apareceu com uma aprovação de 76%, 21 pontos a mais do que na ultima pesquisa divulgada dia 20 de março. O ministro também viu a sua reprovação cair de 12% para 5%. Avaliaram como regular 18%.
Na contramão está o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), crítico contumaz do grupo Folha. Ele viu a sua reprovação na condução da crise subir de 33% para 39%. Sua aprovação oscilou negativamente dentro da margem de erro, caindo de 35% para 33%. Já 25% acham a atuação de Bolsonaro regular, ante os 26% do último levantamento.
Os números refletem exatamente a defesa de posturas antagônicas. As rusgas entre os dois já não estão mais veladas. Bolsonaro expôs em entrevista a Jovem Pan que falta humildade a Mandetta e lembrou que ninguém é indemissível. O troco do ministro veio em coletiva a imprensa, quando recomendou a população atenda as orientações dos estados.
“Nós recomendados que as pessoas, todas elas, atendam às recomendações dos governadores dos seus estados, que tem os melhores números, os melhores indicadores para propor as medidas. Que cada um faça aquilo que a sua consciência sobre a situação que está aí. O que é da minha responsabilidade é dizer temos uma doença infecciosa respiratória viral. Que o vírus é competente e que se juntarmos vamos fazer contaminação um dos outros”, disse Mandetta.
Com o pescoço na guilhotina, o ministro já disse que “médico não abandona paciente”, em um claro recado que não pedirá para sair. Enquanto isso, vai se consolidando como liderança política nacional de forma meteórica.
Governadores – A pesquisa Datafolha também repetiu a avaliação popular na condução da crise do coronavírus por parte dos governadores. A aprovação oscilou positivamente de 54% a 58%. A reprovação permaneceu em 16%. A avaliação regular caiu de 28% para 25%.
Prefeitos – Os prefeitos foram incluídos na mais recente pesquisa do Datafolha para avaliação em meio a pandemia do Covid-19. Na média, foram aprovados por 50% dos entrevistados. Os que acharam a condução regular somam 25% e outros 22% desaprovaram.
Relação azedou – Não chamem para a mesma mesa o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) e o vereador Carlos Bolsonaro. O filho do presidente questionou Mourão por ter se reunido com o governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), definido por ele como o “maior opositor socialista do governo”. Pelo visto, Carlos desconhece as definições de diálogo e democracia.
Urgência – Tramita na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), proposta de redução de 30% no valor das mensalidades na rede particular de ensino, enquanto perdurarem as medidas para enfrentamento do coronavírus adotadas pelo Governo do Estado. O mesmo vale para as Instituições de Ensino Superior. Quem descumprir estará sujeita a multa de 100% sobre o valor da mensalidade de cada aluno que não tenha obtido a redução. Autor da iniciativa, o deputado Alan Sanches (DEM) quer dispensar todas as formalidades e levar a matéria direta ao Plenário. É hora da Alba prestigiar as suas próprias ideias. É urgente. Pais e alunos agradecem.
O comércio agradece – O prefeito de Camaçari, Elinaldo Araújo (DEM), autorizou a reabertura do comércio de rua com a área total inferior a 200 m². Maior que isso, apenas os que são considerados serviços e produtos essenciais. Os boxes dos centros comerciais do município que não comercializam gêneros alimentícios estarão isentos do pagamento da Taxa de Preço Público, enquanto perdurar a proibição determinada.
Exemplo – O prefeito de Milagres, Cézar de Adério, usou o próprio salário para a compra de insumos direcionados ao Hospital Municipal. O valor usado foi de quase R$ 10 mil. O exemplo deveria ser seguido pelos demais 416 prefeitos do estado.
Renovação – Intitulado como “Renova Carinhanha”, um movimento popular reúne insatisfeitos com a polarização política no município. Independente, o grupo apresentou a pré-candidatura a prefeito do servidor público Vilson Correia (Avante) e já deixou claro que não está à venda. É uma opção em meio aos grupos tradicionais.
Momento Jurídico, com Dr. Leonardo Brito – O TSE alerta que até o presente momento não há adiamento das eleições de 2020. Tal alerta se fez necessário em virtude de está em circulação a famosa “fake news” a respeito do pleito eleitoral do presente ano. Registra-se, ainda, que todo tramite de como deve proceder o período eleitoral é regido por Lei Federal, sendo que, o calendário que definiu as datas foi publicado em 27/12/2019 através da Resolução TSE nº 23.606/2019.
Inquietude – Até quando vai a paciência de Bolsonaro em relação ao ministro Mandetta?