O ex-ministro da Justiça, Sergio Moro concedeu uma entrevista reveladora e exclusiva à última edição da Revista Veja, que circula hoje (1º) por todo país. “O combate à corrupção não é prioridade do governo”, disse ele. Moro também declarou que não vai admitir ser chamado de mentiroso e que apresentará à Justiça, assim que for instado a fazê-lo, as provas que mostram que o presidente tentou, sim, interferir indevidamente na Polícia Federal. Na segunda-feira (27), o ministro Celso de Mello abriu inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar os fatos.
Para o ex-ministro, os sinais da falta de prioridade no combate da corrupção começaram com com a transferência do Coaf para o Ministério da Economia: “O governo não se movimentou para impedir a mudança. Depois, veio o projeto anticrime. O Ministério da Justiça trabalhou muito para que essa lei fosse aprovada, mas ela sofreu algumas modificações no Congresso”, apontou.
“Embora eu tenha um grande respeito pelo presidente, não posso admitir que ele me chame de mentiroso publicamente. Ele sabe quem está falando a verdade!”, disse Moro sobre as mensagens que foram divulgadas entre ele o presidente. Em sua conta do Twitter, Moro também disse que concedeu a entrevista com a intenção exclusiva de se defender das fakes news e ofensas e explicar minha saída do Governo: “Nem mais, nem menos”, enfatizou.