Fernando Collor. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Por volta das 4h da manha desta sexta-feira (25), o ex-presidente Fernando Collor foi preso em Maceió. A medida foi tomada após o ministro Alexandre de Moraes negar um recurso da defesa de Collor para rever a condenação a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A condenação faz parte dos processos da Operação Lava Jato. Segundo a defesa do também ex-senador, a prisão aconteceu enquanto ele se descolava a Brasília, para cumprimento espontâneo do mandato. Collor se torna o terceiro presidente a ser preso após a redemocratização, se juntando a Michel Temer e Luiz Inácio Lula da Silva.

A determinação aconteceu na noite da última quinta-feira (24), quando Moraes pediu a prisão imediata e pediu julgamento virtual nesta sexta. Conforme a condenação, Collor, como antigo dirigente do PTB, foi responsável por indicações políticas para a BR Distribuidora, empresa subsidiária da Petrobras, e recebeu R$ 20 milhões em vantagens indevidas em contratos da empresa. Segundo a denúncia, os crimes ocorreram entre 2010 e 2014.

Em sua decisão, o ministro do STF considerou os recursos protocolados pela defesa como protelatórios para evitar o fim do processo. “A manifesta inadmissibilidade dos embargos, conforme a jurisprudência da Corte, revela o caráter meramente protelatório dos infringentes, autorizando a certificação do trânsito em julgado e o imediato cumprimento da decisão condenatória”, afirmou.

“A defesa do ex-presidente da República Fernando Collor de Mello recebe com surpresa e preocupação a decisão proferida na data de hoje, 24/04/2025, pelo ministro Alexandre de Moraes, que rejeitou, de forma monocrática, o cabível recurso de embargos de infringentes apresentado em face do acórdão do Plenário do Supremo Tribunal Federal, nos autos da AP 1025, e determinou a prisão imediata do ex-presidente”, declarou a defesa do ex-presidente, em nota à imprensa.

Fernando Collor. Foto: ABR; Valter Campanato/Agência Brasil

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