Banco Central. Foto: Reprodução.
Banco Central. Foto: Reprodução.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem acumulado divergências em relação ao Banco Central (BC), que desde agosto do ano passado mantém a taxa Selic em 13,25% ao ano. Ainda no último dia 6, o petista voltou a declarar que os juros estão muito altos e que pode ser necessário mudar a meta de inflação. Nesta segunda-feira (10), o terceiro mandato de Lula completa 100 dias.

Novos aumentos nos juros não são descartados pelo Comitê de Política Monetária (Copom), que tem sido criticado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Entretanto, as últimas atas do comitê tem saído com tom mais ameno, principal exigência do ministro, o que tem reduzido as críticas ao BC.

O presidente da instituição, Roberto Campos Neto, já argumentou, em diferentes oportunidades, que a redução da Selic não é fácil, por conta do “deslocamento de demanda” em relação a bens. “A gente tenta suavizar o ciclo. A gente olha para frente. A gente entende que os juros altos causam esses impactos na parte produtiva. A gente tenta suavizar isso, porque o nosso trabalho é fazer isso na forma que cause o mínimo de dano possível a economia”, destacou o economista em reunião na última semana.

No dia 27 de abril, o Senado Federal vai realizar uma sessão sobre “juros, inflação e crescimento“, marcada pelo presidente da casa Rodrigo Pacheco. Estão convidados para o debate Roberto Campos Neto; o ministro Fernando Haddad; a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet; o ex-presidente do BC, Armínio Fraga; e outras autoridades e economistas. O presidente Lula chegou a afirmar que iria ao encontro, mas sua participação foi descartada por Haddad.

Fernando Haddad. Foto: Reprodução.
Fernando Haddad. Foto: Reprodução.

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