Jaqueline Goes. Foto: Reprodução.
Jaqueline Goes. Foto: Reprodução.

A pesquisadora baiana Jaqueline Goes, de 33 anos, ficou conhecida por ter integrado a equipe que mapeou os primeiros genomas do novo coronavírus (SARS-CoV-2) no Brasil em apenas 48 horas após a confirmação do primeiro caso de Covid-19 no país. A média no resto do mundo para esse mapeamento foi de 15 dias

A biomédica coordena a Rede Colaborativa de Sequenciamento Genético no Brasil (Rede SEQV Br) e defende a regulamentação da profissão no país, que ficou quase dez anos sem reajuste para as bolsas de pesquisa. Em fevereiro deste ano, o novo governo anunciou aumento de 25% a 200% nos valores pagos.

Doutora em Patologia Humana e Experimental pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), Jaqueline afirmou, em entrevista à Agência Brasil, que a desvalorização do cientista impacta na sua produção, já que muitas vezes ele não está em condições ideais. “Não faz sentido ganhar R$ 1.500 para desenvolver pesquisa, que é algo tão importante para o país”, pontuou a biomédica.

Como resultado do trabalho com o sequenciamento genômico, Jaqueline Goes foi escolhida como representante brasileira entre cinco cientistas do mundo selecionadas pela Mattel para ser homenageada com uma boneca Barbie. “A presença de uma boneca negra, cientista, brasileira poderia mudar o imaginário das crianças no Brasil. É esse o papel da representatividade que hoje eu estou tentando realmente me apropriar para tentar mudar vidas, transformar a vida de meninas como eu”, afirmou Jaqueline.

Pesquisadoras que sequenciaram o genoma do SARS-CoV-2. Foto: Almir R. Ferreira/Scapi IMT.
Pesquisadoras que sequenciaram o genoma do SARS-CoV-2. Foto: Almir R. Ferreira/Scapi IMT.
Coleção de pesquisadoras da Barbie. Foto: Mattel.
Coleção de pesquisadoras da Barbie. Foto: Mattel.

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