
Vaqueiros, artesãos, sanfoneiros, cactos e pássaros. Todos esses são elementos presentes no imaginário popular quando o assunto é o sertão nordestino e o cangaço. No entanto, de uma forma delicada e colorida, o artista baiano Jean Lima traz essas figuras como pinturas em sua série ‘Nordestinos’, criada após passar um período estudando a cultura da região. “É um mundo fantástico que inventei. Nele, cavalo tem pescoço laranja e quadril lilás e as proporções também são estranhas ao comum”, disse Lima.
As obras são feitas em aquarela, que apesar de ser uma assinatura do artista, também trabalha com pintura acrílica e a óleo, além dos desenhos com grafite e carvão e as esculturas em ferro e barro. “Ser artista para mim é experimentar. O fazer artístico é o fazer da criatividade. Se me derem um pneu como suporte, quero fazer arte com ele”, diz Jean.
A visão ampla da Bahia e do Nordeste tem muito a ver com sua própria história. Jean, 44, nasceu e cresceu em Feira de Santana, mas morou em Salvador, onde cursou Belas Artes na UFBA, e também viveu um tempo em São Paulo. “Tenho a pretenção de abraçar tudo que se configura como nordestino, não só a caatinga, mas o litoral, a Zona da Mata, as culturas do cacau, os quilombos e os indígenas”, explicou.



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