Na última sexta-feira (07), comemorou-se o Dia do Jornalista. A data visa ressaltar o trabalho da imprensa em todo o Brasil e também é uma conscientização para as centenas de jornalistas que já foram censurados e violentados durante o exercício de sua profissão. Neste ensejo, o Anota Bahia descortina quem são os nomes da nova geração que atuam no segmento, e, são destaques pela inovação, apuração das notícias e produção de informações inéditas em todos os âmbitos.
Victoria Alves (Grupo Metrópole) – Advogada por formação, foi no jornalismo que ela entendeu que a “justiça pode ser lenta, a imprensa não”. Seu encontro com profissão já estava escrito nas estrelas, ou melhor, nas páginas de informação. “Escutei de todos os lados ‘como é que você nunca pensou nisso?’, ‘É a sua cara’. E isso veio muito da minha forma de comunicar, me indignar e cobrar”, analisa ela. Victoria também discorre sobre os desafios da profissão. “O trabalho de informar sem tropeçar em notícias falsas é um deles. Cobrir eventos históricos ou escândalos, ataques, eleições, cada qual com sua particularidade é de uma responsabilidade gigantesca e requer um cuidado de profissional mas, sobretudo, humano.
Lais Rocha (Grupo A Tarde) – Ela diz que o jornalismo a escolheu e que todas as riquezas que permeiam o universo da comunicação, atreladas à sua inquietude, a despertaram a vontade de contar histórias e com isso também veio “a necessidade de aprender particularidades técnicas da linguagem jornalística”. Quanto aos desafios que englobam o trabalho, ela pontua que “em tempos de completa automação da produção de conteúdos e da utilização da linguagem jornalística para promover desinformação, o jornalismo profissional tem como desafio informar a verdade dos fatos e conter os danos provocados pelas fake news, buscando, ainda, fazer da tecnologia uma aliada e não uma concorrente”.
Bruna Gonzalez (TV Band) – Ela lembra que a comunicação sempre a levou a lugares inimagináveis desde a época escolar. “Jornais fictícios e todas as atividades, apesar de me encherem os olhos, davam a sensação de ser uma escolha improvável para o meu futuro e fui percebendo que o jornalismo já estava em minha vida, sem eu nem precisar ter escolhido”, diz ela. “É uma profissão que abraça e potencializa. Em tempo de tantos conflitos e injustiças, lutar será sempre a solução”, completa. Sobre os desafios do ofício, Bruna reafirma o combate as fake news. “Transmitir a informação com agilidade, compromisso e humanidade, diante de uma sociedade tomada por falsas notícias, é reafirmar o desafio”, disse.
João Brandão (Grupo Aratu) – Ele sempre teve interesse pela comunicação desde criança. Queria informar as pessoas sobre os acontecimentos da cidade e do mundo. “Cresci acreditando que a imprensa é uma ferramenta fundamental para a democracia e para a conscientização das pessoas”, conta. Sobre os desafios no dia a dia da profissão, ele discorre que o principal é sobre “a rapidez da informação e a quantidade de desinformação que circula nas redes sociais”, pontua. “A concorrência entre os veículos e a busca pela audiência também podem ser desafios para manter a imparcialidade e a objetividade na cobertura dos fatos”, disse João.
Bruno Leite (Bahia Notícias) – Ele conta que sua educação familiar foi comunitária e todas as pessoas ao seu redor eram e ainda são muito falantes e comunicativas. “Herdei desse contexto a vontade de falar, escrever e me expressar”, relembra. “Hoje eu concilio as minhas atribuições como repórter e pesquisador na área da Comunicação. Não sei se seria feliz fazendo outra coisa”, pontua. Sobre os desafios diante do mercado, ele analisa: “O jornalismo ainda tateia na elaboração de alternativas qualificadas de difusão que contraponham aquelas mensagens maldosas que circulam com muita facilidade em ambientes como o WhatsApp e Telegram”.
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