A quarta-feira, dia 11 de junho, foi marcante para Isabela Suarez, ela foi oficialmente eleita a nova presidente da Associação Comercial da Bahia, entidade criada há mais de 210 anos, que pela segunda vez, apenas, terá uma mulher na sua liderança. E para entender o pouco do perfil dinâmico e intenso dessa figura que se tornou uma das autoridades empresariais mais respeitadas do estado, vale pontuar que ela, que também é advogada, passou o dia inteiro recebendo os empresários que foram votar na sede da entidade, durante a noite, protagonizou um jantar que buscou arrecadar fundos para o movimento, no outro dia afivelou suas malas e desembarcou na Bahia Farm Show, em Luís Eduardo Magalhães, cumpriu agenda durante todo o dia e no dia seguinte, antes das 7h, já estava em Salvador novamente, sendo entrevistada por um veículo de comunicação. Enquanto segue esse roteiro, Isabela responde de forma ininterrupta, 10, 20, 30 conversas no WhatsApp, atende ligações, dá atenção ao marido e aos filhos, respira e lança seus olhos diante dos seus planos e propósitos para a gestão da ACB. O recorte desses três dias que marcaram o começo do seu mandato já desvenda um pouco do seu perfil, que vai muito além de apenas mãe de Antonella e de Bruninho, esposa de Bruno Adry, filha de Abigail e Carlos Suarez, irmã de Ana Paula e Gabriel e amiga dos muitos amigos.
“Tenho uma história familiar com a ACB”, diz a gestora da entidade.
Em seu primeiro pronunciamento, Isabela reforçou sua história diante do associativismo e comentou sobre o que pensa ao assumir a cadeira de presidente. “Sou advogada e empresária do segmento imobiliário, presido a Fundação Baía Viva, organização social que há 25 anos trabalha pela preservação e pela revitalização turística da Baía de Todos os Santos”, disse. “Eu tenho uma história familiar com a Associação Comercial da Bahia. Meu avô foi um grande associativista, imigrante espanhol, se dedicou a várias instituições do estado, na época, como governador do Rotary Club, provedor da Santa Casa etc., razão pela qual isso foi passado de geração a geração”, completou ela. Isabela também discorre sobre a defesa dos interesses empresariais por parte da entidade: “Eu venho acompanhando uma espécie de fragmentação das representações da classe empresarial ao longo do tempo e sei o quanto elas são importantes para que a gente continue construindo um ambiente convidativo para implementação da atividade empresarial”, analisa.
“A ACB será a casa do empresário baiano”, pontua a empresária.
Por fim, Isabela reforça sua atuação diante do cenário de sustentabilidade regional e nacional e confirma qual é sua ideia para este novo momento da ACB. “Tenho uma história construída na Sustentabilidade e sei o quanto uma atividade empresarial é importante para que construamos um ambiente mais justo, gerando emprego e renda. O desafio é fazer um reagrupamento do ambiente empresarial em torno da ACB. Com o tempo, várias instituições nasceram e, com isso, há uma espécie de separação da defesa dos interesses. Precisamos fazer com que o associado se sinta representado e que os novos queiram se associar. Aqui será a casa do empresário. Faremos a defesa de todas as atividades, a exemplo de indústria, agronegócio e tantas outras. Afinal, o setor empresarial da Bahia precisa ser mais participativo”, finaliza.
Paulo Cavalcanti assume a liderança do Conselho Superior
Para Paulo Cavalcanti, que deixa a presidência da ACB e assume agora a liderança do Conselho Superior, a eleição de Isabela representa não só a continuidade de uma gestão transformadora, mas o fortalecimento de uma causa: a consciência cidadã a serviço da democracia participativa. “Vivemos um dos momentos mais críticos do país em termos de insegurança jurídica e desvalorização de quem produz. Por isso, a união das entidades e a ocupação qualificada dos espaços de representação se tornam ainda mais urgentes”, declarou. Em tom emocionado, Paulo destacou o perfil da nova presidente. “Isabela tem essa visão desde muito jovem. Sempre entendeu que não podemos ceder espaços a indicações vazias, a nomes sem preparo. A classe empresarial precisa estar representada por quem tem competência, responsabilidade e compromisso com o Brasil produtivo. Ela simboliza isso”, analisou.
Quem integra a nova Diretoria Executiva
Além de Isabela Silva Suarez, a nova Diretoria Executiva contará com dez vice-presidentes: Maria Constança Carneiro Galvão, José Luiz Costa Sobreira, Georges Humbert, Ricardo Luzbel Silva Soares Bonfim, Marcelo Neeser Nogueira Reis, Guilherme Campelo Travisani, Agnaluce Moreira Silva, Carlos Henrique Jorge Gantois, Zilan da Costa e Silva e Rosemma Burlacchini Maluf. Já a Mesa da Assembleia Geral, presidida por Paulo Cavalcanti, contará ainda com João Lopes Araújo e Gabriel Seijo.
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