A CPI da Pandemia ouvirá nesta sexta-feira (25), a partir das 14h, os depoimentos de Luis Ricardo Fernandes Miranda, ex-chefe do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, e do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF). Ambos vão abordar a questão do contrato de compra do governo com a empresa Precisa Medicamentos, intermediária na negociação da vacina Covaxin. Na semana passada, eles denunciaram ao Ministério Público Federal (MPF) possíveis irregularidades na compra do imunizante.
Luis Ricardo Miranda relatou que recebeu pressões de superiores para acelerar o processo de compra da Covaxin, que em uma de suas cláusulas previa o adiantamento de R$222,6 milhões para a Precisa Medicamento. A negociação envolvia 20 milhões de doses do imunizante em um valor total de 1,6 bilhão. Segundo Luis Miranda, o presidente da República, Jair Bolsonaro, foi alertado pessoalmente, em março, a respeito das suspeitas de irregularidades no contrato. O chefe de Estado confirmou a reunião, mas disse que o deputado não relatou suspeitas de corrupção. Além disso, o presidente afirmou nesta sexta-feira que a Polícia Federal vai abrir um inquérito para investigar o caso.
