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Chuvas no Sertão. Foto: Ana Pinheiro/Divulgação.

O aumento significativo nas chuvas registradas na Bahia, durante o mês de janeiro, é um dos exemplos das mudanças climáticas no estado. Os efeitos dessas alterações no clima são visíveis em diversas áreas e têm impactado diretamente as comunidades locais. A efeito disso, na última quinta-feira (04), a travessia de moradores da comunidade de Lamarão, em Caetité (Sudoeste do estado), seguiu interditada. Na última segunda-feira (1º), a chuva rompeu uma ponte da região, dificultando o trânsito da comunidade. Com isso, visando combater e prevenir os impactos das mudanças climáticas, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (Crea-BA) está atuando na promoção de práticas mais sustentáveis e equitativas.

Segundo o supervisor de fiscalização da entidade, Arildson Araújo, a interseção entre os desafios climáticos e as disparidades sociais requer uma abordagem integrada. Assim, os engenheiros, agrônomos e geocientistas podem desempenhar um papel significativo. “É fundamental reconhecer que as mudanças climáticas não afetam a todos igualmente, e muitas vezes as comunidades mais vulneráveis são as mais impactadas. Essa é uma realidade que precisa ser enfrentada de forma proativa. Os profissionais do Crea-BA têm o compromisso de atuar como agentes de mudança, promovendo soluções sustentáveis”, declara.

Já para André Fraga, engenheiro ambiental e ex-Secretário Municipal de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência de Salvador, o caminho é a produção de estudos de vulnerabilidade climática. Além do fomento de ações de políticas públicas no estado da Bahia, que também podem auxiliar no combate às mudanças climáticas e ao racismo ambiental. “Levantamentos, estudos, inventários de emissões de gases de efeito estufa servem para subsidiar as ações e investimentos públicos. É a partir do elemento da redução de combate à desigualdade que a gente consegue fazer com que a justiça climática seja uma realidade e o racismo ambiental deixe de existir”, afirma.

Por sua vez, o Crea-BA desempenha um papel ativo na orientação e fiscalização das práticas sociais e ambientais nos projetos. Dessa forma, assegurando que estejam alinhadas com princípios éticos e de justiça ambiental. “Estamos incentivando nossos profissionais a incorporar em seus projetos medidas que considerem as comunidades mais afetadas. Isso inclui a avaliação dos impactos sociais e a implementação de práticas que promovam a inclusão e a equidade. O Crea-BA está comprometido em ser parte da solução para os desafios ambientais e sociais que enfrentamos”, explica Arildson.

Crea-BA. Foto: Divulgação.

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