Os pedidos de falência subiram 44% e os de recuperação judicial, 37,6% no primeiro trimestre de 2023, comparado ao mesmo período no ano passado, segundo a Serasa Experian. Apenas este ano, já foram registrados 255 pedidos de falência e 289 solicitações de recuperação judicial.
Segundo o economista da entidade, Luiz Rabi, as altas taxas de juros e a desaceleração da economia são um importante fator no aumento desses números. “A alta das solicitações é uma consequência do crescimento da inadimplência que estamos vendo desde setembro de 2021. Cedo ou tarde, a inadimplência acumulada bate à porta da insolvência“, analisa.
Entre as grandes empresas, os pedidos de recuperação judicial tiveram aumento de 94,4%; nas médias o número foi de 8,9%; e entre as micro e pequenas empresas as solicitações cresceram 44%. Em relação às falências, a maior alta foi observada entre as médias empresas, com 64% de crescimento; para as micro e pequenas empresas esse valor foi de 44%; e entre as grandes o crescimento foi de 30%.
De acordo com um levantamento do Sebrae, em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 63% dos empresários de Microempreendedor Individual (MEI) têm 30% ou mais dos seus custos mensais comprometidos pelo pagamento de dívidas; para aqueles de Micro e Pequena Empresa (MPE), o índice ficou em 46%.
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