Fenômeno já observado com mais intensidade na Europa, o movimento conhecido como “grande renúncia” ganhou impulso no Brasil, principalmente no período pós pandemia. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), compilados pela LCA Consultoria Econômica, apenas em 2022, cerca de 6,8 milhões de brasileiros pediram demissão de forma voluntária, um terço do total de desligamentos registrados.
A maioria das pessoas desse movimento são os mais escolarizados e jovens, sendo que a demissão voluntária superou os 50% para os trabalhadores com pós-graduação. Em 2020, esse tipo de desligamento representava 25,7% do total, aproximadamente 7,6% a menos que o registrado no ano passado.
Entre os jovens, a demissão voluntária foi 39% dos desligamentos entre 18 e 24 anos e 34% entre 25 e 29 anos. Na faixa entre 50 e 59 anos, o percentual de desligamentos voluntários foi de 24%. Em entrevista ao Estadão sobre a “grande renúncia”, o economista da LCA e responsável pelo levantamento, Bruno Imaizumi, afirmou que para a geração mais antiga, “o sinônimo de sucesso era ficar anos numa mesma empresa, crescer na empresa. O mais jovem, não. Se encontra uma melhor oportunidade no mercado de trabalho, ele se movimenta“.
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